Itália convoca negociações de crise em meio à alta no preço das massas
Em algumas regiões, valor da caixa de 1kg de macarrão chegou a subir 58% no início do ano
Camila Stucaluc
O preço cobrado por massas na Itália chegou às mesas do governo. Na última 5ª feira (11.mai), representantes organizaram uma reunião de crise para investigar os motivos por trás do aumento no valor dos alimentos, um dos mais populares e consumidos no país. Em apenas um ano, os preços dispararam 17,5%.
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O aumento foi mais do que o dobro da inflação de preços ao consumidor, atualmente em 8%. Enquanto associações acusam as marcas de serem responsáveis pelo aumento no preço do macarrão, por exemplo, os fabricantes alegam que a alta ocorre devido a um conjunto de fatores, como inflação e cadeia de fornecimento.
Uma análise da associação Assoutenti, encomendada pelo governo italiano, apontou que o preço médio de uma caixa de 1kg de macarrão Barilla, rigatonni e/ou penne subiu de 1,70 euros para 2,13 euros até março - um aumento de mais de 25%. Entre algumas províncias, como Siena, os preços chegaram a ser elevados em 58%.
Pelas redes sociais, a Assoutenti informou que o ministro da Economia, Adolfo Urso, garantiu que os preços das massas irão baixar em breve. Ambos sugeriram que os preços podem ter sido reajustados para aumentar os lucros das empresas, utilizando as consequências da guerra na Ucrânia como disfarce.
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"Estamos no caminho certo e estamos satisfeitos por saber que a tendência de aumentos de preços está prestes a reverter o curso. Ao mesmo tempo, no entanto, pedimos que a redução nas listas de preços seja duradoura e substancial, e que não baixemos a guarda sobre o fenômeno dos aumentos e especulações que estão prejudicando milhões de famílias italianas", disse Furio Truzzi, presidente da associação.