Michael J. Fox revisa a vida e as décadas com Parkinson
"STILL: Ainda Sou Michael J. Fox", documentário sobre o ator, estreia nesta 6ª feira (10.mai)

SBT News
Uma jornada emocionante, mas também cheia de bom humor e resiliência. Michael J. Fox é um ícone da cultura pop e, para quem cresceu nos anos de 1980 ou 90, este documentário traz ainda mais nostalgia e desperta muitas memórias afetivas. "STILL: Ainda Sou Michael J. Fox" ("STILL: A Michael J. Fox Movie") estreia nesta 6ª feira (12.mai) no Apple TV + e mostra, além da trajetória do ator, como é o convívio dele com o mal de Parkinson, desde que foi diagnosticado com a doença.
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Ele esteve no topo de Hollywood com uma carreira que explodiu nos anos 80. Aos vinte e pouco anos, com cara e estatura de menino, se tornou um grande astro teen da televisão e do cinema. Além das séries que marcaram a história, como "Caras e Caretas" é o eterno Marty McFly dos filmes "De Volta Para o Futuro". Mas isso só para citar algumas porque são dezenas de interpretações inesquecíveis.
Aos 29 anos, quando estava no auge da carreira e colhia todos os louros de uma década de trabalho, Michael J. Fox percebeu algo estranho. "Acordei e notei meu dedo mindinho, ele se mexia sozinho", conta o ator no documentário.
Recebeu o diagnóstico de Parkinson em 1991, uma condição degenerativa que afeta o sistema nervoso e causa tremores e dificuldades motoras. Apenas anos mais tarde, divulgou estar com a doença. Essa é uma das tantas histórias que Fox conta no novo documentário, dirigido pelo vencedor do Oscar Davis Guggenheim (premiado por "Uma Verdade Inconveniente", em 2007).
"Michael é um livro totalmente aberto. Ele me disse, pergunte o que você quiser, e é verdade. Muitas pessoas dizem para perguntar qualquer coisa, mas com ele foi realmente assim, pude perguntar tudo e nada ficou de fora. Nas nossas conversas fomos longe, conversamos sobre tudo. A única coisa que ele me pediu foi nada de violência, que eu levei para mim para não ter piedade. Não queria fazer um filme de pessoas que têm Parkinson e para os outros sentirem pena delas", disse o diretor.

Nessas mais de três décadas, Fox se tornou um dos maiores defensores das pesquisas sobre o mal de Parkinson e criou uma fundação que leva seu nome. A instituição já arrecadou mais de US$ 2 bilhões para financiar estudos em busca da cura.
No documentário, é o ator quem conta sua própria história, desde o início da carreira, a dura vida de principiante na terra do cinema e as longas horas de trabalho com jornadas duplas até chegar ao estrelato. Toda a trajetória é mostrada intercalando cenas de filmes de momentos marcantes, várias inéditas de bastidores e com reconstituições que revisitam situações e locais por onde o ator passou. De uma maneira tão intensa, que realidade e ficção são perfeitamente amarradas.
"Ficou lindo, fiquei maravilhado ao assisti-lo e até confuso sobre o que era o quê, se eu estava ora em um filme ou no outro, mas estava falando sobre minha vida, sobre o que se passava na minha vida, ou no filme", diz Fox.
O astro abre o coração cheio de coragem para falar dos sentimentos dele diante dessas três décadas convivendo com Parkinson, com uma visão otimista e até divertida de celebrar a vida. Poderia ser apenas mais uma história dolorida, mas o drama, se mistura com uma comédia cheia de aventura com o jeito Michael J. Fox de ser, e vai fazer você sorrir, repensar a própria vida e mudar o olhar para a doença e para quem convive com ela.
"Aqui está a minha história, aqui está o que eu penso, acho que sempre há algo para aprender. Longe de querer ser otimista do tipo, seja otimista, coloque sempre um brilho aqui ou ali. Eu não faço isso, eu sou assim", finaliza o ator.