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Navios da China e Filipinas evitam acidente por pouco

A distância entre o navio chinês e o filipino era de apenas 45 metros

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Navio da guarda costeira filipina BRP Malapascua fazendo manobra
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Um navio da Guarda Costeira chinesa cortou um navio de patrulha filipino na área disputada do Mar da China Meridional, um incidente que quase levou a uma colisão no domingo (23), constatou uma equipe da AFP a bordo de outro navio filipino.

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"Teríamos batido na proa se eu não tivesse desligado o motor", contou Rodel Hernandez, comandante do "BRP Malapuasca", uma embarcação da frota da Guarda Costeira filipina.

Durante seis dias, uma equipe da AFP integrou um grupo de veículos da imprensa convidados a bordo do "BRP Malabrigo", outro navio da frota filipina, para uma viagem de mais de 1.500 quilômetros perto de uma dezena de ilhas e recifes.

Durante a viagem, vários navios e a Guarda Costeira chinesa foram avistados, seguiram as embarcações e ordenaram que abandonassem estas águas.

O incidente, que o comandante Hernandez descreveu como um confronto de "Davi e Golias", ocorreu no domingo no Mar da China Meridional, uma área disputada quase totalmente reivindicada por Pequim.

O "Malabrigo" e o "Malapuasca" dirigiam-se para o recife Second Thomas Shoal, onde a Marinha filipina está estacionada com o objetivo de fazer valer as suas reivindicações territoriais.

O "Malapuasca", de 44 metros de comprimento, estava perto do recife quando de repente um navio da Guarda Costeira chinesa com o dobro do seu tamanho cortou seu caminho.

A distância entre o navio chinês e o filipino era de apenas 45 metros, disse o comandante Hernandez. Para o marinheiro, esta foi a primeira vez que se envolveu em uma cena deste tipo, em que uma colisão era quase iminente.

Sua velocidade de reação permitiu evitar uma tragédia, garantiu.

A equipe da AFP observou o desenvolvimento dos acontecimentos a bordo do "Malabrigo", a menos de um quilômetro de distância.

Segundo o comandante Hernandez, os navios chineses se cruzam regularmente, mas naquele domingo os navios estavam "mais perto" do que nunca de uma colisão.

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