"Pecado e injusto", diz papa sobre criminalização da homossexualidade

O papa Francisco voltou a comentar, no domingo (5.fev), sobre as leis que criminalizam a homossexualidade. Em voo de volta à Roma, após quase uma semana na África, o pontífice disse que a criminalização de pessoas com atração pelo mesmo sexo é um pecado, uma vez que Deus ama e acompanha a todos. 

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"A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode ser ignorado. Isso não está certo. Pessoas com tendências homossexuais são filhos de Deus. Deus as ama. Deus as acompanha. Condenar uma pessoa assim é um pecado. Criminalizar pessoas com tendências homossexuais é uma injustiça", disse o papa.

A fala de Francisco foi apoiada pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields. Ambos acompanharam o pontífice na visita à África, que começou na República Democrática do Congo e terminou no Sudão no Sul - um dos 67 países que criminalizam a homossexualidade.

"Não há nenhum lugar na minha leitura dos quatro Evangelhos em que eu veja Jesus afastando alguém. Não há nenhum lugar nos quatro Evangelhos em que eu veja outra coisa senão Jesus expressando amor a quem quer que ele encontre. Como cristãos, essa é a única expressão que podemos dar", disse Greenshields.

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O papa reforçou ainda que os gays devem ser bem-vindos em todas as igrejas. Já sobre o casamento, Francisco repetiu que a Igreja Católica não permite a união sacramental de casais do mesmo sexo, mas disse apoiar a legislação de união civil que garante proteção legal aos casais homossexuais.