Mais de 70 mil pessoas enfrentaram filas no segundo dia de velório de Bento XVI
No total, cerca de 130 mil pessoas já visitaram o corpo do Papa Emérito
Anna Ferreira
Mais de 70 mil pessoas enfrentaram longas filas no segundo dia de velório de Bento XVI nesta 3ª feira (3.jan). Entre elas, autoridades, como o primeiro-ministro da Hungria, o conservador Viktor Orban. O corpo do Papa Emérito ficará em exposição pública até o fim desta 4ª feira (4.jan).
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As homenagens chegam de todos os cantos do mundo, inclusive do Brasil. O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer foi ao Vaticano especialmente para o último adeus à Bento XVI.
"Eu fui criado Cardeal por ele, em novembro de 2007 e agradeço muito a Deus. Ele também me nomeeou arcebispo de São Paulo e será lembrado realmente como uma referência de Papa, teólogo e pastor, que colocou a serviço da igreja os seus talentos."
Entre os fiéis o clima é de oração e agradecimento. "Gratidão por tudo que ele fez por nós", afirmou a médica Caroline Camargo Vince.
O sepultamento está marcado para 5ª feira (5.jan), nas grutas da Basílica de São Pedro. Segundo o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, no caixão serão colocadas todas as medalhas e moedas produzidas ao longo do seu pontificado. Além de um texto com os principais atos da vida do Papa Emérito.
Legado
O alemão Joseph Aloisius Ratzinger comandou a Igreja Católica entre 2005 e 2013. Nesta época, o padre Federico Lombardi era um dos colaboradores mais próximos, atuava como o porta-voz do Vaticano. Ele afirma que Bento XVI deu os primeiros passos para deixar a legislação canônica e penal da Igreja mais justa com o objetivo de prevenir crimes, como casos de abuso sexual.
"Com paciência, sem grandes atos públicos, ele abriu a estrada, e agora o Papa Francisco pode continuar essa luta, que infelizmente, não é algo que acaba facilmente", disse o padre, que quer recordar Bento XVI como um homem de fé que amou Jesus Cristo até o fim.
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