Em crítica indireta a movimento golpista, Reino Unido defende "valores democráticos".
Britânicos cogitam encontro entre o presidente eleito Lula e o premiê Rishi Sunak, na Cop-27, no Egito
O governo do Reino Unido defendeu nesta 4ª feira (02.nov) um trabalho conjunto com o próximo governo brasileiro em defesa da democracia. Foi uma reação ao movimento golpista que pede uma intervenção militar, não reconhece o resultado das eleições e ao fato de o presidente Jair Bolsonaro (PL) não ter reconhecido publicamente a derrota, depois da votação de domingo (30.out).
Em conversa com jornalistas da mídia estrangeira, em Downing Street, sede do governo do Reino Unido, uma porta-voz do primeiro-ministro afirmou os britânicos estão "prontos pra trabalhar conjuntamente (com o próximo brasileiro) em assuntos relevantes para o Reino Unido e o Brasil e isso inclui proteger e promover valores democráticos".
Na última 2ª feira (31.out), Rishi Sunak já tinha destacado esse ponto na mensagem que publicou nas redes sociais parabenizando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Poucas horas depois da confirmação do resultado, a Embaixadora interina do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins, elogiou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo processo "com celeridade, transparência e eficiência".
O Reino Unido é um dos mais de 80 países que já mandaram mensagems de felicitações ao presidente eleito, num ato de reconhecimento do resultado das eleições. O premiê Sunak voltou atrás na decisão de não ir à Conferência do Clima, a Cop-27, que começa no Egito, na semana que vem. O britânico decidiu ir ao evento e, segundo a porta-voz do governo do Reino Unido, poderá se reunir com Luiz Inácio Lula da Silva.