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Chefe da ONU pede investigação independente sobre morte de Mahsa Amini

Jovem de 22 anos foi presa por não seguir código de vestimenta da República Islâmica

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Guterres também expressou preocupação com aumento da violência em meio à onda de protestos | Reprodução/Twitter antonioguterres
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu, na 4ª feira (28.set), uma investigação independente sobre o caso de Mahsa Amini, que morreu sob custódia policial há duas semanas no Irã. Durante conversa com o presidente Ebrahim Raisi, o diplomata também ressaltou a necessidade do governo de respeitar os direitos humanos em meio a onda de manifestações.

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"Estamos cada vez mais preocupados com os relatos de aumento de mortes, incluindo mulheres e crianças, relacionados aos protestos. Peço às forças de segurança que se abstenham de usar força desnecessária ou desproporcional e apelo a todos para exercer a máxima contenção para evitar uma nova escalada. Sublinho a necessidade de uma investigação imparcial e eficaz sobre a morte da Srta. Mahsa Amini", disse.

A declaração acontece após uma semana de protestos intensos em cidades iranianas. Os manifestantes exigem esclarecimentos sobre Mahsa, que morreu sob custódia policial após ter sido detida por usar o hijab - véu obrigatório no país - incorretamente, deixando partes do cabelo à mostra. Apesar da polícia afirmar que o óbito foi causado por um "ataque cardíaco repentino", a família da jovem acredita que ela foi torturada. 

Agora, além de exigir explicações sobre o caso, a população pede que o uso obrigatório do hijab seja suspenso no país, bem como a discriminação e violência contra as mulheres. A onda de manifestações já deixou milhares de detidos, além de 76 mortos, segundo informado por organizações não governamentais. Os casos foram registrados em ao menos 11 províncias do Irã.

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Apesar do presidente também anunciar a abertura de uma investigação sobre a morte de Mahsa, autoridades continuam expressando preocupação com o aumento da violência e restrições devido às manifestações. Uma das últimas medidas implementadas pelo governo, por exemplo, foi a suspensão das linhas de telefone, internet e plataforma de mídias sociais em todo o país.

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