London Bridge: o plano do Reino Unido para morte da Rainha Elizabeth II
Planejamento envolve arranjos para o velório e possível tempo de sucessão

Camila Stucaluc
Entre os planos do governo do Reino Unido está o London Bridge, que envolve o planejamento de departamentos governamentais, da mídia, da moeda e, até mesmo, do hino nacional no caso da morte da Rainha Elizabeth II -- o que ocorreu nesta 5ª feira (8.set). Ocupando o trono desde 1952, a monarca, de 96 anos, teve o reinado mais longo da história britânica.
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Pelo protocolo, o primeiro-ministro foi um dos primeiros a ser informado do óbito, através do código "a ponte de Londres caiu". Do Centro de Resposta Global do Ministério das Relações Exteriores, a notícia seguiu para os 15 governos fora do Reino Unido, onde Elizabeth também era chefe de Estado, e para as outras 36 nações onde ela serviu como figura simbólica.
O documento mostra planos para que o caixão da rainha seja levado em uma procissão do Palácio de Buckingham até o Palácio de Westminster, onde será posicionado em uma caixa levantada, conhecida como catafalque, que ficará aberta ao público durante 23 horas por dia durante três dias. A entrada, à princípio, deve ser feita mediante agendamento.
O funeral do Estado, por sua vez, será realizado 10 dias após a morte da monarca e anunciado como um "dia de luto nacional". Com velas e flores, as ruas próximas à igreja Abadia Westminster, onde deve ocorrer o funeral, serão convertidas em espaços cerimoniais. É previsto que 2 mil convidados ocupem os bancos da igreja.
Terminado a cerimônia, o caixão será levado até o Castelo de Windsor, a cerca de 35 quilômetros de Londres. No local, acontecerá uma despedida íntima, apenas para familiares, sem a presença de câmeras. Posteriormente, Elizabeth deve ser enterrada na Capela de São Jorge, ao lado do túmulo do pai, rei Jorge VI, de quem herdou o trono.
Sucessão
Em respeito à morte da mãe, o príncipe Charles, de 73 anos, deve esperar meses para ser coroado. Quando a data chegar, ele deve ser recebido na Abadia de Westminster, com o hino cantado por participantes da cerimônia, como famílias reais, integrantes do clero e chefes de Estado.
Neste caso, o hino oficial do Reino sofrerá uma alteração, trocando 'God Save the Queen' (Deus salve a rainha) para 'God Save the King' (Deus salve o rei).
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Posteriormente, o mais novo monarca deve fazer um juramento, com a mão sobre a Bíblia, em que promete honrar e ser fiel ao povo, à Justiça, às leis e à igreja. O ato será seguido pela unção, na qual Charles deve estar sentado em um trono para receber a consagração, com o óleo sagrado, pelo arcebispo. Após receber as jóias da coroa, bem como o cetro com a cruz, ele será coroado.