Comunidades indígenas compõem 6,2% da população global
Pouco acesso à saúde e informações adequadas promove maiores níveis de desigualdade
Espalhadas por 90 países, as comunidades indígenas compõem 6,2% da população global. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os grupos representam 5 mil culturas diferentes com mais de 7 mil línguas faladas no mundo inteiro. Cerca de 40% delas, no entanto, estão em perigo.
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Os dados foram liberados nesta 3ª feira, (9.ago), em comemoração ao Dia dos Indígenas. Apesar de representar conhecimentos únicos, cultura milenar e promover a preservação do meio ambiente, a ONU alertou que a expectativa de vida dos povos indígenas é até 20 anos menor quando comparado com cidadãos urbanos.
Muitas vezes sem cuidados de saúde e informações adequados, os grupos são mais propensos a obter doenças como malária, tuberculose e HIV. Além disso, mais de 86% dos povos indígenas trabalham na economia informal e têm quase três vezes mais chances de viver em extrema pobreza.
"Em minha recente visita ao Suriname, me inspirei nos esforços das comunidades indígenas para salvar e guardar a floresta tropical e sua rica biodiversidade. A sabedoria, a resiliência e a determinação dos povos indígenas são essenciais para garantir a sobrevivência do nosso planeta", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres.
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Ele ressaltou ainda que, sem os povos indígenas, alguns dos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, como o de proteger o meio ambiente e o de combater as desigualdades, não serão alcançados.