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Canadá diz que desculpas de papa aos indígenas não são suficientes

Governo pede mais ações no processo de reconciliação com a comunidade local

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Usando um cocar, Francisco classificou a política adotada nos internatos católicos como erro desastroso | AP/Gregorio Borgia
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O governo do Canadá afirmou, nesta 5ª feira (28.jul), que o pedido de desculpas do papa Francisco aos indígenas não é o suficiente para apagar o trauma causado pelos abusos em escolas residenciais entre 1912 e 1970. Segundo a gestão nacional, a reconciliação entre os povos e a história conturbada ainda é um trabalho em andamento.

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A reação acontece após o pontífice se reunir com o primeiro-ministro, Justin Trudeau, e a governadora-geral, Mary Simon, em Quebec. As críticas são referentes à omissão do Vaticano em relação aos abusos, tanto físicos como sexuais, sofrido pelas crianças indígenas nas instituições, bem como à relutância da Igreja Católica em assumir a responsabilidade.

Apesar do comentário, integrantes da comunidade indígena se manifestaram a favor da visita do papa ao Canadá e disseram que o pedido de desculpas foi "algo necessário" e "esperado há muito tempo". Usando um cocar, Francisco classificou a política adotada nos internatos católicos como "erro desastroso" e incompatível com o Evangelho.

"Estou aqui porque o primeiro passo desta peregrinação penitencial entre vós é renovar meu pedido de perdão e dizer-vos, de todo o coração, que estou profundamente entristecido: peço perdão pelas formas como, infelizmente, muitos cristãos apoiaram a mentalidade colonizadora das potências que oprimiram os povos indígenas", disse.

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Hoje, o primeiro compromisso do pontífice é a celebração da Santa Missa, no Santuário de Santa Ana de Beaupré. Cerca de 70% dos fiéis que participarão da celebração no interior da Basílica, e fora dela, são indígenas. 

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