Protestos no Equador derrubam mandatos de quatro ministros
Reivindicações envolvendo a crise econômica e o alto custo de vida no país duraram 18 dias
Camila Stucaluc
Os constantes protestos no Equador resultaram na renúncia de quatro ministros do gabinete do presidente Guillermo Lasso. O último a deixar o cargo foi o ministro da Economia, Simón Cueva, na noite de 3ª feira (5.jul), juntamente com os titulares das pastas de Saúde, Ximena Garzón, de Transporte e Obras Públicas, Marcelo Cabrera, e da Educação Superior, Alejandro Ribadeneira.
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Pelas redes sociais, Lasso anunciou a demissão dos ministros e agradeceu a contribuição de cada um para o governo. "Eu aprecio muito o trabalho de vocês neste governo. Cada um, de suas pastas estaduais, contribuiu para a construção do Equador que amamos tanto e com o qual nos comprometemos desde o primeiro dia", escreveu, acrescentando que novos titulares já foram direcionados às pastas.
As manifestações indígenas, que duraram 18 dias, reivindicam a crise econômica e o alto custo de vida no país. Para conter os protestos, o presidente anunciou a redução do preço da gasolina, passando de US$ 2,55 para US$ 2,40 nos postos de combustíveis. Anteriormente, o governo já havia perdoado as dívidas de famílias camponesas e reduzido as taxas de juros para empréstimos.
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No total, seis pessoas foram mortas e 600 ficaram feridas durante os atos, que causaram prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão. Além disso, outros 100 cidadãos foram detidos, resultando no maior protesto indígena já registrado na história do Equador.