Ex-assessora diz que Trump queria se juntar ao grupo que invadiu o Capitólio
Segundo ela, ele teria forçado o volante do carro para ir ao encontro de seus eleitores
Luiza Bervian
A assessora Cassidy Hutchinson, da administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ele sabia que o grupo que invadiu o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro de 2021, estava armado, mas que disse para deixar "seu povo entrar". A declaração foi dada à comissão parlamentar que investiga o ocorrido.
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A ex-assistente afirmou em depoimento que se lembra que o ex-presidente orientou a equipe em termos profanos a não tentar deter o grupo e desligar os magnetômetros (sensores de movimento), pois poderiam retardar a chegada de seus eleitores. "Eles não estão aqui para me machucar", afirmou. À época, centenas de apoiadores do Trump empurraram a polícia e arrombaram janelas e portas, interrompendo o momento que certificava que Joe Biden era o novo presidente dos EUA.
No depoimento à comissão, Hutchinson contou que o advogado de Trump, Rudy Giuliani, disse à ela que o evento tinha o objetivo de fazer Trump "parecer poderoso", ao mesmo tempo que ele afirmava, sem provas, que a eleição de Biden havia sido forjada. O empresário também queria se juntar ao grupo e chegou a forçar o volante quando foi impedido por um agente de segurança.
Trump se posicionou sobre a assessora em uma rede social: "Eu mal sei quem é essa pessoa, Cassidy Hutchinson, exceto que ouvi coisas muito negativas sobre ela".