Mais de 1 milhão de crianças afegãs podem enfrentar desnutrição grave
Número de internações hospitalares por falta de alimentos saltou com a tomada do país pelos talibãs
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Cerca de 1,1 milhão de crianças menores de cinco anos poderão enfrentar desnutrição alimentar grave neste ano. O número, levantado pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é quase o dobro do calculado em 2018, quando cerca de 600 mil jovens foram afetados pela falta de alimentos.
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Segundo a organização, as internações hospitalares por desnutrição aguda grave vem aumentando constantemente desde que o grupo Talibã assumiu o controle do país. Em março do ano passado, por exemplo, 18 mil crianças estavam hospitalizadas devido à condição, número que saltou para 28 mil no mesmo período deste ano.
Além dos conflitos militares e da insegurança econômica, o Afeganistão está passando pela pior seca já registrada em décadas, fazendo com que a colheita dos alimentos seja escassa. No total, 97% da população deve sentir o aumento no preço dos suprimentos até meados de 2022.
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No início do ano, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, voltou a pedir que o Talibã reconheça os direitos humanos básicos das mulheres e meninas. Segundo ele, a medida seria necessária para, além de garantir a segurança do grupo, liberar os fundos internacionais destinados ao país para ajuda humanitária, que permanecem congelados.