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Unicef faz alerta para 10 milhões de crianças em desnutrição severa

Levantamento aponta para maior falta de tratamento em países subdesenvolvidos

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criança negra com as costelas aparecendo
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicou, nesta 3ª feira (17.mai), um documento intitulado Alerta Infantil que aponta para 10 milhões de crianças com desnutrição severa em todo o mundo. Os principais fatores para o cenário, segundo a entidade, são o longo período de confinamento causado pela pandemia de covid-19, as mudanças climáticas, o aumento do preço dos alimentos e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia.

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A pesquisa Alerta infantil aponta ainda que duas entre três crianças desnutridas não têm acesso ao tratamento adequado e alimentos terapêuticos prontos para consumo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde até setembro de 2021, foram 3.061 mortes de crianças até nove anos, número que pode crescer devido à inflação e o alto valor cobrado pelos alimentos. 

O que é desnutrição severa?

A desnutrição severa é a forma mais evidente de fome, ou seja, quando a criança não consegue mais absorver nutrientes dos alimentos, ou ainda não tem o que comer. A falta de alimentação adequada para muitos menores e a junção de um conjunto de doenças, devido a falta de imunidade, podem causar a morte.

Segundo o Médicos Sem Fronteiras, o período mais crítico da desnutrição é entre os seis meses a dois anos de idade, momento em que as mães começam a complementar a alimentação além do leite materno.

Período mais crítico da desnutrição é entre os seis meses a dois anos de idadeo | Unicef/ANG-2021/Heitor Lourenço

Tratamento

Como a maior parte da desnutrição de crianças é em países subdesenvolvidos, o acesso à saúde é precário, dificultando tratamentos essenciais. Segundo especialistas, o tratamento mais eficiente é o alimento pronto para uso que consegue ter todos os nutrientes necessários para tratar a desnutrição e reverter casos clínicos sérios. 

Um dos problemas que a Unicef relata é o aumento de 16% no valor dos produtos devido a falta de matéria-prima. A Organização das Nações Unidas (ONU) já prevê 600 mil crianças sem acesso ao tratamento. 

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