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Tensão marca funeral de jornalista da Al-Jazeera em Jerusalém

Forças israelenses lançaram bombas e agrediram palestinos que tentavam carregar caixão com Shireen Abu Akleh

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Multidão acompanha funeral de Shireen Abu Akleh
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O funeral da jornalista palestina-americana Shireen Abu Akleh, morta ao ser atingida por um tiro na cabeça enquanto cobria um ataque israelense na Cisjordânia, foi marcado por agressões de forças israelense contra multidão que acompanhava a procissão. Imagens registradas pela emissora Al-Jazeera, da qual Abu Akleh era correspondente há mais de 25 anos, mostram o momento em que o caixão da jornalista chega a ser derrubado na confusão. 

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Condenado pelos Estados Unidos, União Europeia, Nações Unidas, e diversas organizações de direitos humanos, a morte da correspondente, de 51 anos, foi bastante sentida pelo mundo árabe, habituado pela sua cobertura do conflito israelo-palestino. Nesta 6ªfeira (13.mai), centenas de pessoas se reuniram em frente ao Hospital St. Louis French, em Sheik Jarrah, para prestar sua última homenagem. A multidão tentava acompanhar a procissão funerária até a Catedral da Anunciação da Virgem, em Jerusalém Oriental ocupada, quando entrou em choque com a polícia de Israel.

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Prevendo o alto número de pessoas no funeral, Israel já havia anunciado a mobilização de mais agentes, e o bloqueio de estradas. Segundo a polícia israelense, os participantes gritavam "incitações nacionalistas".

Após a celebração da missa cristã, Shireen Abu Akleh foi enterrada no cemitério de Sião, em Jerusalém. 

Repercussão internacional

A morte de Shireen Abu Akleh na última 4ªfeira (11.mai), enquanto vestia colete à prova de bala e capacete que a identificavam como jornalista, repercutiu ao redor do mundo, com líderes pedindo investigações rígidas. 

O governo dos Estados Unidos condenou com veemência o assassinato e pediu uma investigação "transparente", de preferência conjunta entre israelenses e palestinos. Israel também pediu uma investigação conjunta com a Autoridade Palestina e que ela entregue a bala para análise forense para determinar quem disparou o tiro fatal. O presidente palestino Mahmoud Abbas recusou, dizendo que conduzirá sua própria investigação e levará o caso ao Tribunal Penal Internacional, que já está investigando possíveis crimes de guerra israelenses.

ONU e União Europeia pediram uma investigação "independente". Porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, pediu "uma investigação completa" para esclarecer o que aconteceu e que os responsáveis sejam levados à justiça.

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