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Entenda os motivos do conflito entre Rússia e Ucrânia

Russos temem expansão da Otan para países que integravam a União Soviética

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putin ao lado de militares
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A crise entre Rússia e Ucrânia segue aumentando a cada a dia, assim como o temor de um grande conflito armado na Europa. Um elemento chave na tensão é a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar criada após o fim da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de atuar contra o expansionismo da União Soviética.

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Desde que declarou sua independência, em 1991, a Ucrânia tenta se aproximar da União Europeia e da Otan. A possível entrada dos ucranianos na aliança militar é vista pelo presidente russo, Vladimir Putin, como uma ameaça, já que isso permitiria a alocação de tropas da organização no território vizinho. A expansão da Otan para países que integravam a União Soviética incomoda o Kremlin, que tenta recuperar seu protagonismo no cenário internacional, especialmente em áreas onde já teve grande influência.

Em 2013, por influência russa, o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, não assinou o acordo de entrada na União Europeia, fato que gerou revolta na população e, posteriormente, sua queda. Já no ano seguinte, em 2014, a tensão aumentou com a invasão e incorporação pelos russos da região da Crimeia, antes anexada ao território ucraniano. A península no Mar Negro é considerada estratégica do ponto de vista militar pela presença de bases navais. Outro motivo para a ação foi cultural, já que a população da região é mais ligada à Rússia.

Outro interesse dos russos é referente ao potencial econômico da Ucrânia. A região tem a "terra negra", ideal para a agricultura, petróleo e gás natural, principais produtos exportados pela Rússia.

A crise voltou a se acentuar no final de 2021, quando tropas militares russas foram enviadas para as fronteiras entre os países, trazendo à tona a possibilidade de uma nova invasão. Até o momento, os líderes de países membros da Otan tentam uma solução diplomática da situação e ameaçam impor sanções à Rússia caso os exércitos não recuem.

O último episódio aconteceu nesta 2ª feira (21.fev), quando o presidente russo Vladimir Putin decidiu reconhecer a independência de Donetsk e Luhansk, regiões separatistas no leste da Ucrânia e que contam com rebeldes que apoiam a Rússia.

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