30 anos da Operação Maos Limpas, que marcou a Itália
Diversas procuradorias italianas começaram inquéritos sobre corrupção na administração pública. Foram investigados de políticos a grandes empresas.

SBT News
A prisão de Mario Chiesa, presidente socialista Pio Albergo Trivulzio, em 17 de fevereiro de 1992 marca o início da investigação da Operação Mãos Limpas, a qual completa 30 anos.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Operação marcou a história do país, já que diversas procuradorias italianas começaram inquéritos sobre corrupção na administração pública. Foram investigados de políticos a grandes empresas.
Saiba como estão os princpais procurados da Operação.
Antônio Di Pietro, 71 anos, um rosto conhecido da Mãos Limpas, em 1994, pendurou a toga de juiz para usá-la novamente 20 anos depois. Como ele era advogado, passou por problemas judiciais, dos quais saiu ileso e depois entrou na cena política se tornando ministro.
Já Gherardo Colombo, 75 anos, deixou a magistratura em 2007. Ele, porém, se dedicou às atividades de prevenção de corrupção nas escolas e de educação sobre legalidade. Ele fundou uma ONG,a ResQ People Saving People, é presidente da Garzanti Libri e esteve no conselho da emissora RAI.
Davigo, 70 anos, se aposentou, mesmo lutando para conservar seu posto na Conselho Superior da Magistratura (CSM), último cargo a que foi nomeado após passagem pela Corte de Cassação - instância máxima da Justiça italiana - e por suas atuações na Associação Nacional de Magistrados (ANM) e na Corte de Apelação. No momento, ele responde a um processo em Brescia por revelação de segredos do ofício.
Após ter cumprido pena pelo caso envolvendo o Pio Alberto Trivulzio, Mario Chiesa, se reaproximou da política, ao fazer parte indiretamente da Companhia de Obras, associação empresarial da Comunione Liberazione. Ele foi preso novamente em março de 2009, por irregularidades na gestão do lixo na Lombardia.
Gianstefano Frigerio, à época secretário da Democracia Cristã , a qual se tornou o Força Itália de Silvio Berlusconi e de Primo Greganti, o funcionário do PCI que se dedicou depois a questões empresariais. Ambos foram presos novamente em 2015 na investigação sobre a "cúpula" das compres ilegais da Expo Milão.
Outros nomes também seguiram suas vidas sem responder ao crime. Segio Cusani foi o único condenado que pagou de verdade. Com pena de cinco anos e 10 meses, passou quatro no presídio. Logo após, focou no social com um projeto de recuperação de detentos e de finança ética e atuou como consultor de sindicatos.