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África está longe de erradicar fome até 2030, alertam ONU e União Africana

Pandemia afetou a situação delicada do continente; mais de 280 milhões de africanos passam fome

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algumas crianças africanas em situação de subnutrição tentando comer
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O número de pessoas subnutridas subiu quase 50%, em 2020, na África, em comparação a 2014. É o que afirma uma análise realizada pela ONU em parceria com a União Africana. Ainda de acordo com o levantamento, mais de 280 milhões de pessoas passam fome no continente. 

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O documento destaca que cerca de 20% da população africana está em situação de subnutrição, o que representa um aumento de 89,1 milhões de pessoas em seis anos. O estudo aponta que a maior alta de insegurança alimentar na África ocorreu entre os anos de 2019 e 2020, em função de conflitos e mudanças climáticas. 

Contudo, a situação piorou com a desaceleração das economias por causa da pandemia por covid-19, agravando a situação delicada do continente. O novo relatório ainda recorda que a piora substancial nos níveis de pessoas em situação de insegurança alimentar ocorre após um período de melhoria entre 2000 e 2013. 

Em países de língua portuguesa, Moçambique possui 31,2% da população com desnutrição. Angola 17,3%, Cabo Verde 15,4% e São Tomé e Príncipe 11,9% -- a pesquisa não possui informações sobre Guiné-Bissau. 

Com a situação de subnutrição atual, o continente corre o risco de não atingir a meta global de erradicação da fome até 2030. A situação da insegurança alimentar é uma entre as outras grandes dificuldades, como o acesso a dietas saudáveis, pobreza e desigualdade social, que pioraram em função das dificuldades impostas pelo novo coronavírus. 

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