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EUA sugerem união para diminuir preço da gasolina nas bombas

"Quanto mais países se unirem, maior será o impacto" disse Secretária de Energia dos Estados Unidos

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Washington DC - Céu azul, sala de imprensa praticamente vazia e um silêncio típico dos momentos que antecedem feriados nacionais como o de amanhã, o dia de Thanksgiving - a celebração de Ação de Graças, como no Brasil. Na 3ª feira (23.nov) foi diferente. Antes de partir para Nantucket, no estado de Massachusetts, onde vai passar o resto da semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso anunciando a retirada de 50 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas para aumentar a oferta do produto e, assim, derrubar o preço. 

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"Hoje o valor do preço da gasolina na América é U$3,40 o galão (valor equivalente a R$19). O impacto é real" disse o presidente americano que fez um acordo com líderes globais. "Eu estive em ligações telefônicas com líderes de outros países para resolver este desafio (...) e estou fazendo a maior liberação da Reserva Estratégica de Petróleo". Entraram no acordo a Índia, o Japão, a Coréia do Sul e o Reino Unido que também aceitaram liberar reservas de petróleo para aumentar a oferta mundial. 

Pouco tempo depois, no Briefing Room a Secretária de Energia Jennifer Granholm falou com os correspondentes. Começou dizendo que os principais afetados com a alta do preço da gasolina nos Estados Unidos são as famílias de baixa renda que já gastam 30 por cento do salário mensal com combustível e energia elétrica. Granholm também disse que na última 3ª feira, Joe Biden enviou uma carta à Comissão Federal de Comércio pedindo uma investigação sobre uma alta tão expressiva da gasolina. Sobre o acordo global com outras nações, a Secretária disse que mais países podem se juntar à iniciativa. "Desta forma, maior será o impacto", ela disse.

Questionada por que os Estados Unidos simplesmente não aumentaram a produção diária de petróleo em vez de liberar parte do produto da reserva estratégica, Jennifer Granholm explicou que hoje o país tem 250 plataformas de petróleo a menos em funcionamento em comparação com o período anterior à pandemia. "A indústria de petróleo e gás ainda tem arrendamentos em 23 milhões de acres em terras públicas e mais de nove mil e quinhentas licenças que foram emitidas e não estão sendo usadas" disse a Secretária. A pandemia também afetou os empregos no setor petrolífero. Hoje essa indústria nos Estados Unidos têm menos 150 mil empregados em comparação ao número existente há dois anos no país. 

Socorro emergencial
Os Estados Unidos consomem em média 18 milhões de barris de petróleo por dia. Seguindo esse número, a quantidade liberada na última terça-feira, 23, seria suficiente para suprir o consumo de três dias. Questionada sobre como a medida pode impactar o preço nas bombas a longo prazo, a Secretária americana disse: "Essa é realmente uma questão de estratégia a curto prazo e que nos permite fazer uma ponte. Nós não vamos fornecer petróleo por três dias, obviamente. Estamos liberando ao longo de um período de tempo. (...) Não estamos dizendo que vamos fornecer todo o petróleo para o país. Estamos fazendo o possível para moderar". A estimativa de Granholm é que a alta no preço dos combustíveis nos Estados Unidos siga até dezembro e que o impacto no valor seja percebido no começo de 2022. 

Energia limpa
Além da questão econômica, mais uma vez a representante do governo Biden pontuou o comprometimento da administração com a questão ambiental. Durante a pandemia houve uma redução drástica no uso dos automóveis, a procura pelos postos de combustíveis caiu e o preço também. Agora é o inverso. Pessoas e carros estão nas ruas, a demanda aumentou e as plataformas de petróleo estão com menos unidades e funcionários. Mudar o tipo de combustível usado, segundo Granholm, é parte importante para a solução de problemas futuros. "É por isso que estamos trabalhando rápido para diversificar nossa energia, para adicionar mais energia limpa. (...) o Plano de Infraestrutura Bipartidário investe U$21 bilhões em projetos de desenvolvimento de tecnologias (limpas) como hidrogênio limpo". 
 

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