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Em guerra com rebeldes, Etiópia decreta estado de emergência

Autoridades pedem a população etíope que se arme contra possível ataque do grupo rival TPLF

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Autoridades etíopes temem que grupo rebelde faça uma invasão à capital Adis Abeba após tomar várias cidades pelo país | Facebook/FBC
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O governo central da Etiópia declarou na 3ªfeira (03.nov) um estado de emergência nacional por seis meses, devido a guerra na região norte do Tigré, depois do avanço dos rebeldes contra a cidade vizinha Amhara, que é controlada pela Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF), cujo grupo vem ganhando território e considera marchar até a capital Adis Abeba.

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O anúncio aconteceu após dois dias que o primeiro-ministro Abiy Ahmed pediu aos cidadãos etíopes que pegassem armas para se defender do grupo armado. Além disso, as autoridades em Adis Abeba orientaram os moradores para fazer o registro das armas e começarem uma preparação para defender seus bairros. 

O estado de emergência foi imposto após a TPLF ter capturado várias cidades na Etiópia nos últimos dias.

O ministro da Justiça etíope, Gedion Timothewos, disse em uma entrevista coletiva que qualquer um que violar a emergência, vai enfrentar de três a 10 anos de prisão por crimes como apoio financeiro, material ou moram a grupos terroristas.

Em mensagem no canal de televisão Fana TV, ligado ao governo, o primeiro-ministro deixou uma mensagem nas redes sociais pedindo apoio da população na guerra contra o grupo rival. "A Etiópia deve ser respeitada e respeitada pelos esforços dos seus filhos", diz trecho da mensagem publicada na rede social.

A última vez que o país entrou nesta condição foi em fevereiro de 2018, seis meses antes da transição do poder para Abiy Ahmed. Com isso, os toques de recolher foram impostos e os movimentos das pessoas foram restringidos, além do registro de vários cidadãos presos. 

A TPLF foi dominante na política da Etiópia por quase 30 anos. No entanto, perdeu muita influência quando Abiy Ahmed assumiu o cargo em 2018, após anos de protestos contra o governo. Agora, o grupo político na oposição acusa o primeiro-ministro de centralizar o poder a custa dos estados regionais da Etiópia.
 

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