EUA registram aumento na venda de cigarros pela 1ª vez em duas décadas
Para empresas, isolamento social e restrições durante a pandemia de covid-19 colaboraram para a alta
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A venda de cigarro nos Estados Unidos aumentou pela primeira vez em duas décadas durante a pandemia de covid-19. Segundo dados da agência norte-americana Federal Trade Commission, o índice foi discreto, de apenas 0,4%, mas já resultou em um aumento de 8 milhões de cigarros vendidos a mais em atacadistas e varejistas por todo o país -- de 202,9 bilhões em 2019, para 203,7 bilhões em 2020.
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A marca faz uma reversão a uma tendência de queda registrada nos últimos anos. As taxas de tabagismo adulto nos EUA vêm caindo desde 2000 e agora estão em cerca de 14%, de acordo com a organização North American Quitline Association. Para a entidade, o constante declínio vinha dos impostos sobre o tabaco, das leis antifumo e dos grupos de apoio para pessoas que queriam parar de fumar. Com a pandemia, no entanto, o acesso aos grupos diminuiu, fazendo com que mais casos de estresse e ansiedade fossem registrados.
Durante uma conferência sobre os lucros da empresa, a Altria, que fabrica os cigarros Marlboro, observou que os bloqueios e isolamento social de 2020 fizeram com que vários norte-americanos "adicionassem ocasiões de nicotina aos seus dias". Além disso, muitas pessoas estão voltando aos cigarros tradicionais, ao invés de continuarem com o cigarro eletrônico -- que pode ajudar os fumantes a reduzir o consumo.
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Segundo a revista JAMA Network Open, a venda de álcool no varejo também aumentou no país, com frequência geral do consumo cerca de 14% a mais em 2020 do que em 2019.