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EUA chegam a acordo para libertar executiva da Huawei presa no Canadá

Meng Wanzhou foi orientada a assumir a culpa e dizer que mentiu para os bancos

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Executiva é acusada de realizar transações ilegais usando agências bancárias americanas (Reprodução/SBT Brasil)
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos chegou a um acordo para libertar a executiva Meng Wanzhou, da gigante chinesa Huawai, que foi presa no Canadá. A decisão coloca fim a uma crise diplomática que já dura três anos.

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Meng Wanzhou saiu da casa onde cumpre prisão domiciliar, em Vancouver, no Canadá, sorridente. Do carro, ela foi levada ao local onde participou virtualmente, horas depois, da audiência que discutiu o acordo em troca da sua liberdade. A executiva é filha do fundador da Huawai, que fabrica celulares e outros produtos eletrônicos.

A prisão de Meng foi realizada quando ela visitava o Canadá, em 2018, por um processo que corre nos Estados Unidos. Da penitenciária, a mulher chegou a ser transferida para a prisão domiciliar em Vancouver e, desde então, estava proibida de deixar o território canadense. A chinesa nunca foi extraditada para responder ao processo em solo americano.

Ela é acusada, junto com a Huawei, de realizar transações ilegais usando agências bancárias americanas para vender produtos eletrônicos para o Irã. Os Estados Unidos proíbem qualquer empresa que tenha ativos em solo americano, mesmo as estrangeiras, de fazer negócios com os iranianos. Meng sempre negou que tenha feito transações ilegais.

A audiência sobre o caso aconteceu na Corte Federal de Brooklyn, em Nova York. Os advogados da executiva da Huawai, em um acordo com o Departamento de Justiça Americano, decidiram que o melhor caminho seria ela mudar o discurso e admitir, perante o juiz, que cometeu "algumas falhas".

Meng foi orientada a assumir a culpa e dizer que mentiu para os bancos. Em troca, os promotores concordaram em adiar o processo para dezembro de 2022. Caso a chinesa cumpra algumas condições - que não foram divulgadas -- a ação pode ser, então, arquivada. Com isso, a executiva está livre para voltar para Pequim, onde moram seu marido e filha.

A China, na última tarde, foi tema de uma reunião na Casa Branca. O presidente americano, Joe Biden, recebeu em Washington os primeiros ministros do Japão, Austrália, e Índia para que os quatro países possam traças estratégias para barrar o avanço comercial chinês. Num cenário de contínua competitividade entre americanos e chineses, a esperada libertação de Meng Wanzhou é sinal de alívio de tensões.

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