Incêndio na Sibéria pode ser o maior do mundo, alerta Greenpeace
Bombeiros continuam tentando conter as chamas que já se alastram há semanas
O incêndio florestal que atinge parte do nordeste da Sibéria, na Rússia, pode se tornar o maior já registrado no mundo. O alerta foi feito por especialistas do Greenpeace em entrevista ao jornal The Moscow Times, que preveem que as chamas, que duram há semanas, podem consumir cerca de 400 mil hectares.
No momento, milhares de bombeiros e socorristas continuam tentando conter as chamas, que se espalham cada vez mais pela região da República de Sakha (Yakutia) -- a maior e mais gelada do país. Segundo a imprensa local, o fogo continua forte devido à extrema onda de calor que atinge a região, aliada com as secas recordes. Com isso, uma grande nuvem de fumaça está se espalhando por áreas próximas e invadindo cidades.
O governo russo declarou estado de emergência em Yakutia por conta dos incêndios, que já queimaram cerca de 1,5 milhão de hectares de floresta. "É impossível conter as chamas com os esforços humanos. Os bombeiros precisam apagar o fogo em uma linha que tem cerca de dois mil quilômetros de dimensão", destacou a organização.
De acordo com dados publicados localmente, a região de Sakha registrou uma alta de 3ºC na temperatura anual desde o início do século XX. Os incêndios florestais são "comuns" durante essa época do ano, mas os especialistas apontam que o atual está anormal, tanto em extensão de área como de intensidade.
Sabe os incêndios florestais que estão ocorrendo no mundo hoje? Se juntar todos, não chegam no tamanho do incêndio que está acontecendo na Sibéria. Sim, na Sibéria. pic.twitter.com/HM81qPsaXb
? Observatório Internacional (@observint) August 12, 2021
Smoke from wildfires in Yakutia will reach Moscow - 4,375 km to the west - according to Head of Ministry of Emergencies Zinichev. Tomorrow is a day off in 11 districts of Russia?s coldest republic due to the worsening situation with the wildfires. Today's air quality in Yakutsk pic.twitter.com/f7hnEJ7mVV
? The Siberian Times (@siberian_times) August 12, 2021