Argentina faz campanha para procurar pessoas sequestradas na ditadura
Argentinos que morem no Brasil e tenham dúvida sobre sua identidade podem ir à Embaixada
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Uma campanha internacional realizada pelo Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, a Comissão Nacional pelo Direito à Identidade (CoNaDi) e a organização argentina Avós da Praça de Maio visa a intensificar as buscas por netos e netas que foram sequestrados durante a ditadura civil-militar do país (1976-1983) e estejam morando no exterior.
Denominada Campanha Internacional pelo Direito à Identidade "#ArgentinaTeBusca", ela foi lançada em 24 de março deste ano, quando, para os argentinos, é o Dia Nacional pela Memória da Verdade e a Justiça, tendo em vista que a ditadura -- considerada a mais sangrenta da história argentina -- começou na mesma data, em 1976.
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O regime foi marcado por, entre outras coisas, implementar um plano sistemático de desaparecimentos forçados. Dessa forma, 500 bebês, meninas e meninos foram separados de suas respectivas famílias e tiveram suas identidades trocadas. Atualmente, graças à cooperação entre as Avós da Praça de Maio e o governo argentino, 130 netos e netas já resgataram sua história familiar e o direito à identidade, mas cerca de 350 pessoas -- que agora têm entre 40 e 45 anos -- ainda não foram encontradas.
Segundo o Ministério, elas podem estar em qualquer parte do mundo e, por isso, a campanha está em curso. Para argentinos que morem no Brasil e tenham dúvidas sobre sua identidade, a orientação é ir à Embaixada da Argentina, em Brasília. No local, os documentos são analisados e, depois, enviados à CoNaDi para uma nova avaliação.