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Cientistas desenvolvem embriões de camundongos em útero mecânico

Experimentos tiveram como objetivo ajudar a entender como os mamíferos se desenvolvem

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Embrião de camundongo em útero artificial
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Cientistas conseguiram desenvolver embriões de camundongos em úteros mecânicos. A pesquisa, realizada no Instituto Weizmann de Ciência de Israel, foi publicada nesta 4ª feira (17.mar) na revista científica "Nature".

Segundo reportagem do jornal "The New York Times", os experimentos tiveram como objetivo ajudar a entender como os mamíferos se desenvolvem, e como mutações genéticas, nutrientes e condições ambientais podem afetar o feto.

Os pesquisadores retiraram os embriões do útero de camundongos com cinco dias de gestação e os cultivaram por mais seis dias em úteros artificiais, passando, então, da metade do tempo total de gestação destes animais, que é de 20 dias.

Segundo Jacob Hanna, um dos cientistas que participaram do estudo, mais de mil embriões foram desenvolvidos nos úteros mecânicos.

O cientista passou sete anos desenvolvendo um sistema especial. Os embriões eram colocados em frascos de vidro dentro das incubadoras, num fluído de nutrientes especial. As incubadoras eram, então, conectadas a uma máquina de ventilação que fornecia oxigênio e dióxido de carbono aos embriões, controlando a concentração dos gases.

Os frascos eram presos a uma roda que girava lentamente, impedindo que os embriões se fixassem na parede, onde se deformariam e morreriam.

No 11º dia de gestação, os embriões dos úteros artificiais foram comparados aos desenvolvidos em camundongos fêmeas e verificaram que ambos eram idênticos. 

Eles, porém, se tornaram grandes demais para sobreviver sem um suprimento de sangue. Superar esse obstáculo é o próximo objetivo, segundo os cientistas.

O trabalho pode servir para, no futuro, levantar questões sobre a possibilidade de que animais (incluindo humanos) se desenvolvam fora de um útero vivo.
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