OMC faz história e escolhe 1ª mulher africana para ser diretora-geral
Nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala é indicada para liderar órgão, após renúncia de Roberto Azevedo
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A ex-ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala foi nomeada para comandar a Organização Mundial do Comercio (OMC). Ngozi faz história ao ser a primeira mulher e africana a assumir a principal organização de comércio mundial.
"Este é um momento muito significativo para a OMC. Em nome do Conselho Geral, eu estendo nossos mais calorosos parabéns à Dra. Ngozi Okonjo-Iweala por sua nomeação como a próxima Diretora Geral da OMC e a recebo formalmente nesta reunião do Conselho Geral", disse o Presidente do Conselho Geral David Walker da Nova Zelândia
A decisão, tomada na segunda-feira (16.fev) aconteceu após meses de incerteza na OMC, quando os Estados Unidos se recusaram a aderir ao consenso em torno da nigeriana, e por sua vez, apoiavam Yoo Myung-hee, Ministro do Comércio da Coreia do SUl.
Como Myung-hee retirou sua candidatura no começo de fevereiro, a nova administração norte-americana, com Joe Biden, abandonou a objeção dos Estados Unidos e extendeu "forte apoio" à candidatura de Okonjo-Iweala.
"Uma OMC forte é vital se quisermos nos recuperar completa e rapidamente da devastação causada pela pandemia COVID-19. Estou ansioso para trabalhar com os membros para moldar e implementar as respostas políticas de que precisamos para fazer a economia global funcionar novamente. organização enfrenta muitos desafios, mas trabalhando juntos podemos tornar a OMC mais forte, mais ágil e mais bem adaptada às realidades de hoje", disse a Okonjo-Iweala, que vai assumir a direção da organização a patir de 1º de março.
Ngozi Okonjo-Iweala é especialista em finanças globais, economista e profissional de desenvolvimento internacional, com mais de 30 anos de experiência trabalhando na Ásia, África, Europa, América Latina e América do Norte. Foi ministra das Finanaças da Nigéria nos períodos de 2003 a 2006 e de 2011 a 2015.
Ela participa dos conselhos do Standard Chatered PLC e do Twitter e é presidente do conselho da Gavi, aliança de vacinação que já imunizou mais de 760 milhões de crianças em todo o mundo, além de salvar 13 milhões de vidas.
Segundo a OMC, ela é conhecida por ser uma negociadora habilidosa, intermediando vários acordos que geraram resultados ganha-ganha nas negociações. Ngozi também é considerada uma formadora de consenso eficaz e desfruta da confiança dos governos e de outras partes.
O Conselho Geral da OMC escolheu a nigeriana entre oito candidatos, que foram indicados por seus países, a partir de uma reunião especial.
Além da Ngozi Okonjo-Iweala, também estavam na disputa Jesús Seade Kuri, do México; Abdel-Hamid Mamdouh, do Egito; Tudor Ulianovschi, da Moldávia; Yoo Myung-hee, da Coreia do Sul; Amina C. Mohamed, do Quênia; Mohammad Maziad Al-Tuwaijri, da Arábia Saudita; Liam Fox, do Reino Unido.
O processo de escolha aconteceu por meio de três rodadas de reuniões. Assim, o número de candidatos foi reduzido de oito para cinco e, depois, para dois candidatos. Então, o presidente do conselho anuncia o nome do candidato de consenso, que tem de ser aprovado pelo Conselho Geral da OMC.
A escolha da nigeriana se deu após renúncia do ex-diretor-geral, o brasileiro Roberto Azevedo, que deixou o cargo um ano antes do término de seu mandato, em 31 de agosto de 2020. Azevedo permaneceu sete anos à frente da OMC. Ele deixou a organização por motivos pessoais.
A Organização Mundial do Comércio foi fundada em 1º de janeiro de 1995, e tem a finalidade de atuar como a principal instância para administrar o sistema multilateral de comércio. A OMC conta com 164 países. O Brasil é um dos países-fundadores da instituição.
"Este é um momento muito significativo para a OMC. Em nome do Conselho Geral, eu estendo nossos mais calorosos parabéns à Dra. Ngozi Okonjo-Iweala por sua nomeação como a próxima Diretora Geral da OMC e a recebo formalmente nesta reunião do Conselho Geral", disse o Presidente do Conselho Geral David Walker da Nova Zelândia
A decisão, tomada na segunda-feira (16.fev) aconteceu após meses de incerteza na OMC, quando os Estados Unidos se recusaram a aderir ao consenso em torno da nigeriana, e por sua vez, apoiavam Yoo Myung-hee, Ministro do Comércio da Coreia do SUl.
Como Myung-hee retirou sua candidatura no começo de fevereiro, a nova administração norte-americana, com Joe Biden, abandonou a objeção dos Estados Unidos e extendeu "forte apoio" à candidatura de Okonjo-Iweala.
"Uma OMC forte é vital se quisermos nos recuperar completa e rapidamente da devastação causada pela pandemia COVID-19. Estou ansioso para trabalhar com os membros para moldar e implementar as respostas políticas de que precisamos para fazer a economia global funcionar novamente. organização enfrenta muitos desafios, mas trabalhando juntos podemos tornar a OMC mais forte, mais ágil e mais bem adaptada às realidades de hoje", disse a Okonjo-Iweala, que vai assumir a direção da organização a patir de 1º de março.
Perfil
Ngozi Okonjo-Iweala é especialista em finanças globais, economista e profissional de desenvolvimento internacional, com mais de 30 anos de experiência trabalhando na Ásia, África, Europa, América Latina e América do Norte. Foi ministra das Finanaças da Nigéria nos períodos de 2003 a 2006 e de 2011 a 2015.
Ela participa dos conselhos do Standard Chatered PLC e do Twitter e é presidente do conselho da Gavi, aliança de vacinação que já imunizou mais de 760 milhões de crianças em todo o mundo, além de salvar 13 milhões de vidas.
Segundo a OMC, ela é conhecida por ser uma negociadora habilidosa, intermediando vários acordos que geraram resultados ganha-ganha nas negociações. Ngozi também é considerada uma formadora de consenso eficaz e desfruta da confiança dos governos e de outras partes.
Processo de seleção teve oito candidatos
O Conselho Geral da OMC escolheu a nigeriana entre oito candidatos, que foram indicados por seus países, a partir de uma reunião especial.
Além da Ngozi Okonjo-Iweala, também estavam na disputa Jesús Seade Kuri, do México; Abdel-Hamid Mamdouh, do Egito; Tudor Ulianovschi, da Moldávia; Yoo Myung-hee, da Coreia do Sul; Amina C. Mohamed, do Quênia; Mohammad Maziad Al-Tuwaijri, da Arábia Saudita; Liam Fox, do Reino Unido.
O processo de escolha aconteceu por meio de três rodadas de reuniões. Assim, o número de candidatos foi reduzido de oito para cinco e, depois, para dois candidatos. Então, o presidente do conselho anuncia o nome do candidato de consenso, que tem de ser aprovado pelo Conselho Geral da OMC.
Renúncia do brasileiro Roberto Azevedo
A escolha da nigeriana se deu após renúncia do ex-diretor-geral, o brasileiro Roberto Azevedo, que deixou o cargo um ano antes do término de seu mandato, em 31 de agosto de 2020. Azevedo permaneceu sete anos à frente da OMC. Ele deixou a organização por motivos pessoais.
OMC
A Organização Mundial do Comércio foi fundada em 1º de janeiro de 1995, e tem a finalidade de atuar como a principal instância para administrar o sistema multilateral de comércio. A OMC conta com 164 países. O Brasil é um dos países-fundadores da instituição.
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