Mulher que enganou empresários com vacina fake contra a covid será julgada hoje
Cláudia Mônica Pinheiro se fez passar por enfermeira e cobrou R$ 600 por dose de imunizante falso aplicado
Começa nesta quinta-feira (01) o julgamento de Cláudia Mônica Pinheiro, a falsa enfermeira que enganou empresários de Belo Horizonte (MG) ao vender vacinas também falsas contra a covid-19. A audiência está programada para a tarde, na 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, no Fórum Lafayette, localizado no centro da capital.
O juiz Rodrigo Heleno Chaves autorizou a participação da ré por meio de videoconferência, atendendo ao pedido da defesa, que argumentou sobre o estado físico e psiquiátrico debilitado de Cláudia. Na audiência, 24 testemunhas serão ouvidas.
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Cláudia Mônica Pinheiro e outras cinco pessoas relacionadas ao esquema, incluindo parentes da falsa enfermeira, foram indiciadas por estelionato e associação criminosa. A acusação inclui também falsificação de documentos, pois Cláudia assumiu a identidade de enfermeira para realizar as transações fraudulentas.
As investigações da Polícia Federal revelaram que as doses falsas foram vendidas por R$ 600. Na época dos eventos, em março de 2021, a campanha de imunização contra a Covid-19 estava no início, priorizando idosos e profissionais da saúde. Frascos de soro, cartões de vacinação, seringas, agulhas e luvas foram apreendidos na residência de Cláudia durante as buscas.
É importante ressaltar que, segundo a PF, Cláudia não teve acesso a nenhuma vacina de covid-19 de qualquer marca. Os empresários que adquiriram as doses chegaram a ser investigados por suposto furto à fila da vacinação, porém, ao ser comprovado que os imunizantes eram falsos, foram considerados vítimas de estelionato.
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Em abril de 2022, o Ministério Público solicitou à Justiça indenização a duas vítimas que denunciaram Cláudia.
*Matéria escrita com informações do Estado De Minas.