Caso Gabriel: policial militar é condenado por falsidade ideológica
Policiais suspeitos pela morte do jovem de 18 anos foram absolvidos da acusação de ocultação de cadáver
O soldado Cleber Renato Ramos de Lima, acusado pela morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, no Rio Grande do Sul, foi condenado a um ano de prisão por falsidade ideológica. Os outros dois agentes envolvidos, sargento Arleu Jacobson e soldado Raul Pedroso, foram absolvidos da acusação.
Sobre o crime de ocultação de cadáver, os três policiais militares foram absolvidos. Os réus foram julgados pelo conselho permanente da Justiça Militar, composto por cinco pessoas: uma juíza de direito, capitães e tenentes da PM.
Gabriel desapareceu em agosto do ano passado, na cidade São Gabriel, no Rio Grande do Sul, após uma abordagem policial. O corpo dele foi encontrado uma semana depois num açude.
A vítima estava servindo o Exército em São Gabriel. Na noite de 12 de agosto do ano passado, Gabriel foi visto comprando bebida e logo depois uma moradora chamou a polícia porque o rapaz teria forçado o portão da casa dela.
Um vídeo mostra três policiais militares abordando o jovem negro. Segundo testemunhas, ele foi colocado na viatura desmaiado após ser agredido. O GPS da viatura mostrou que o veículo esteve na localidade de Lava Pé, onde, uma semana depois, o corpo foi encontrado em um açude.
Os três PMs ainda vão a juri por homicídio triplamente qualificado. O julgamento será em São Gabriel, sem data para ocorrer. A legislação brasileira prevê que crimes hediondos de militares contra civis devem ser julgados pela Justiça comum.
