Nunes Marques: "Não está em julgamento simpatia política pelos candidatos"
Ministro votou contra tornar o ex-presidente Bolsonaro inelegível por abuso de poder
SBT News
O ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou contra tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos. O ex-presidente é alvo de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), cujo julgamento foi retomado pela Corte no início da tarde desta 6ª feira (30.jun).
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Bolsonaro foi julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, realizada no Palácio da Alvorada em julho do ano passado, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro.
Antes da exposição do voto, Nunes Marques rechaçou a alinhamento com o ex-presidente, que o indicou para o Supremo Tribunal Federal (STF). "Não está em julgamento simpatia política por qualquer dos contendores do processo eleitoral ocorrido em 2022", enfatizou.
Para o ministro, a atuação de Bolsonaro na reunião com diplomatas "não se voltou a obter vantagem sobre os demais contendores do pleito presidencial de 2022". "Tampouco faz parte de tentativa concreta de desacreditar o resultado de eleição. O discurso de fraude sequer foi objeto de impugnação no momento oportuno", acrescentou em sua análise.
Depois, foi a vez do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, sacramentar o resultado de 5 a 2 pela condenação do ex-mandatário do País, acompanhando o relator, ministro Benedito Gonçalves. Apenas Nunes Marques e o ministro Raul Araújo divergiram da relatoria.
Todos os ministros votaram a favor da absolvição de Walter Braga Neto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, das acusações feitas na Aije.