Justiça suspende atividades da Romu de Sorocaba após denúncias de tortura
Nove guardas civis municipais foram presos durante operação
Luís Negrelli
A Justiça suspendeu as atividades da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) da Guarda Civil de Sorocaba, no interior paulista, após denúncias de tortura por parte dos agentes.
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No total, nove guardas civis municipais foram presos durante a Operação Pantera Negra, realizada pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. A investigação apura o uso de tortura no trabalho de rotina da Romu.
Após as prisões, a Justiça determinou a suspensão das atividades de patrulhamento da Romu pelo tempo necessário para o andamento das investigações e dos processos judiciais. Os guardas em exercício deverão ser alocados em atividades internas da corporação.
As operação teve início após a denúncia de uma vítima, que procurou o Ministério Público e relatou ter sido agredida pelos GCMs. A suspeita é que os agentes torturaram as pessoas durante abordagens para tentar obter informações e detalhes sobre o tráfico de drogas na cidade.
Em Sorocaba, a Romu atua fazendo patrulhamentos e abordagens em áreas com alto índice de criminalidade, além de apoiar ações em conjunto com outros órgãos de segurança. A prefeitura disse que colabora com as investigações e vai cumprir a ordem de suspensão, mas pretende recorrer da decisão da Justiça.
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