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Justiça

Ausência de peritos pode adiar exame psiquiátrico de Adélio Bispo

Autor da facada em Jair Bolsonaro foi diagnosticado, em 2019, com transtorno delirante

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Adélio Bispo (Divulgação)
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A Justiça busca peritos para fazerem um novo exame psiquiátrico em Adélio Bispo, o homem que admitiu ter sido o autor da facada contra Jair Bolsonaro (PL), em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral. Caso não encontre profissionais, o poder Judiciário deverá adiar o teste agendado para 14 de junho.

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Adélio deverá ser submetido a uma avaliação médica porque, em junho de 2019, foi diagnosticado com "transtorno delirante permanente paranoide". Dessa forma, mesmo tendo assumido o crime contra o então candidato à presidência da República, ele foi considerado inimputável. Ou seja, não pode responder criminalmente pela facada.

Adélio Bispo está internado compulsoriamente em uma ala da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). A Justiça precisa do laudo do exame psiquiátrico para decidir se ele pode ou não ser solto.

Diferentes órgãos sinalizaram, no entanto, que, por falta de peritos, não há previsão de data para o teste. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) afirmou que "não dispõe de servidor médico psiquiatra com aptidão para a realização de perícia médica".

Por sua vez, a 5ª Vara Federal de Campo Grande informou ao SBT News que tem trabalhado para resolver a pendência, mas que "não houve manifestação de interesse dos dois peritos para fazer a avaliação, conforme exigido por lei".

O fato de o Brasil ter travado luta contra o coronavírus também foi mencionado pela 5ª Vara Federal da capital de Mato Grosso do Sul, assim como o caso envolvendo Adélio não ser o único na "fila" para receber o devido parecer médico. "Cabe destacar que a busca por peritos ficou momentaneamente suspensa em razão da pandemia da covid-19, bem como que a falta de peritos interessados não se restringe apenas ao presente caso", afirmou o órgão.

Diante da situação, a 5ª Vara Federal de Campo Grande solicitou a manifestação da Defensoria Pública e do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul. O pedido foi encaminhado nesta 5ª feira (19.mai). O órgão judicial afirmou que irá "proferir nova decisão sobre o tema" Adélio Bispo após receber os devidos posicionamentos. 

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