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Justiça

Justiça condena cozinheiro pela morte de homossexual na Avenida Paulista

Pena foi reduzida porque os jurados entenderam que não houve homofobia

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jovem assassinado
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A Justiça de São Paulo condenou um cozinheiro pelo assassinato de um jovem homossexual na Avenida Paulista, em 2018. O cabeleireiro Plínio Henrique de Almeida Lima, de 30 anos, foi chamado de gay e ouviu que tinha que morrer por isso, pouco antes de ser esfaqueado, mas a pena foi reduzida porque os jurados entenderam que não houve homofobia.

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A decisão foi tomada pelos jurados do 10º tribunal do júri de São Paulo, que condenaram Fuvio Matos, mas rejeitaram a qualificadora do motivo fútil. "Foi homofobia sim, porque a todo tempo Fuvio proferia palavras e ofendia meu irmão e o grupo de amigos, chamando de viadinhos, mandando andar que nem homem, que essa raça tinha que morrer", afirma o irmão da vítima.

Plínio foi morto na noite de 21 de dezembro de 2018, na Avenida Paulista. O cozinheiro Fuvio Rodrigues de Matos deu uma facada no peito do cabeleireiro, depois de uma discussão. O marido de Plínio estava com ele. O assassino fugiu e só foi descoberto por causa das imagens de câmeras de segurança que gravaram o crime. Na época, ele negou que tivesse matado Plínio por homofobia.

Sem a qualificadora do motivo fútil, a pena ficou em apenas 10 anos de prisão. Como o assassino está preso há 3 anos, o juiz já determinou a passagem para o regime semi-aberto. Em pouco tempo, ele estará nas ruas.

Para o advogado da família de Plinio, a decisão dos jurados é o mais puro reflexo do preconceito. "Eles falam que nao tem preconceito, mas tem. Eles, na sentença deles, demonstram claramente que eles também são preconceituosos, que eles também não aceitam os gays", afirma o Angelo Carbone, que deve recorrer da decisão.

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