AGU é a favor da realização da Copa América no Brasil
Poucos gastos, protocolos sanitários e saúde mental da população são citados na justificativa da autarquia
A Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou, nesta 5ª feira (10.jun), a favor da realização da Copa América 2021 no Brasil. Entre os motivos para justificativa apresentados pela autarquia estão que a competição traria poucos gastos, poderia contribuir com a saúde mental da população e não apresentaria grandes riscos, se forem cumpridos protocolos sanitários.
"Ainda que sejam necessários alguns recursos de colaboração de órgãos públicos, como apoio em aeroportos, segurança em estádios e em hotéis, não há, como dito, necessidade de suplementação orçamentária. Desse modo, não há que se falar no "emprego de numerosos recursos públicos", diz trecho da decisão.
De acordo com a AGU, há protocolos produzidos pela CONMEBOL e pela Confederação Brasileira de Futebol que demonstram a segurança da realização do evento desportivo. Alguns deles são: delegações de futebol, time de juízes e staff devem apresentar de testes RT-PCR de swab nasofaríngeo para ingresso no Brasil, com data de coleta não superior a 48h; desembarques em ônibus e hotéis de forma ordenada para evitar aglomerações; isolamento das delegações oficiais durante a permanência no país e o controle diário da equipe médica sobre a saúde e estado físico de cada jogador.
Outro motivo apresentado pela AGU é a já realização de torneios no país durante a pandemia. "Aqui, é possível citar os campeonatos estaduais, todas as divisões do Campeonato Brasileiro, a Taça Libertadores da América (CONMEBOL Libertadores), a Copa Sul-Americana (CONMEBOL Sul-Americana) e as Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2022". Segundo o órgão, todas essas competições têm sido realizadas sem a presença de público, seguindo-se rígidos protocolos de segurança, minimizando consideravelmente quaisquer riscos de contaminação.
Para finalizar a defesa da realização da Copa América 2021 no país, a AGU ressalta a questão da saúde mental. "É pertinente considerar que, na situação peculiar decorrente do enfrentamento à pandemia já há tantos meses, com seus riscos inerentes e famílias enfrentando sérios problemas de saúde ou econômicos, além das limitações decorrentes do distanciamento social, não são irrelevantes os benefícios que podem advir de fontes de entretenimento seguro".
