Caso Tatiane Spitzner: juiz encerra sessão após defesa abandonar julgamento
Juiz do Fórum de Guarapuava/PR alegou afronta à justiça e multou advogados em 100 salários mínimos
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SBT News
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Continuação do julgamento será agendado em nova data determinada pelo juiz do Forum de Guarapuava, região central do Paraná | Clarison Kawa/SBT News
Nesta quarta-feira (10 fev.), o júri popular de Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a mulher, a advogada Tatiane Spitzner, foi suspenso após a defesa do réu deixar a sessão, por volta de 12h40, no Fórum de Guarapuava, região central do Paraná. O juiz aplicou multa de 100 salários mínimos aos advogados.
O julgamento foi interrompido quando a defesa se retirou durante o depoimento da primeira testemunha de acusação.
Os advogados de Luis Felipe Manvailer alegaram que o seu trabalho foi cerceado quando o juiz não permitiu o uso de um vídeo da portaria do prédio onde aconteceu o crime. A defesa reforça que o vídeo faz parte dos autos do processo.
O juiz alegou que o material não constava nos autos iniciais e negou o pedido dos advogados do réu. O juiz aplicou multa de seis salários mínimos afirmando afronta à justiça.
Antes do júri, o advogado de defesa, Cláudio Dalledone, fez um vídeo nas redes sociais alegando os motivos de que seu cliente é inocente, afirmando que uma testemunha viu Tatiane se jogando do prédio.
Advogado de defesa sustenta a tese de que Tatitane Spitzer se jogou do prédio | Imagens: Instagram/@drdalledone
O juiz vai definir uma nova data para dar continuidade ao julgamento.
O caso
Crime teve repercussão nacional. Tatiane Spizner foi encontrada morta após briga com seu marido Luis Felipe Manvailer | Reprodução
Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018, após cair do quarto andar do prédio onde morava, em Guarapuava, região central do Paraná. As imagens das câmeras de segurança filmaram Luis Felipe Manvailer recolhendo o corpo da mulher em frente ao prédio. Ele ainda aparece limpando as marcas de sangue que ficaram no elevador.
Manvailer foi preso no mesmo dia do crime, ao tentar fugir. Ele foi encontrado após bater o carro na estrada, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava - e a cerca de 50 quilômetros da fronteira do Brasil com o Paraguai.