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Justiça

Justiça de SP aceita denúncia de advogado acusado de homofobia

Fala homofóbica teria acontecido em julgamento de dois policiais militares em 2019. Promotora que estava no caso é homossexual

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Advogado Celso Vendramini
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O advogado Celso Machado Vendramini é acusado de homofobia por uma promotora de Justiça. O ato de preconceito teria ocorrido em um julgamento de dois policiais militares em 2019. Com isso, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra o advogado. A defesa de Vendramini nega as acusações. 

O advogado teria cometido o ato de preconceito racial e injúria contra a promotora Cláudia Ferreira Mac Dowell. Os dois estavam em um julgamento.

"Foi muito inusitado que o advogado começasse a fazer os comentários a respeito da população LGBT, comentários depreciativos, numa discussão que era de violência policial exclusivamente. Não tinha nada, nada, nada no processo que de alguma maneira evocasse os direitos LGBT", afirmou a promotora.

O advogado, na época, defendia dois PMs acusados pela promotora de terem assassinado dois suspeitos de roubarem um carro. A defesa de Celso afirma que o discurso estava "dentro do contexto". "Ele passou a demonstrar aos jurados conflito de valores, tá? Valores de esquerda, que a esquerda prega e os valores de direita, que a esmagadora maioria dos policiais militares é adepta. Ele não atacou o movimento gay em momento algum", disse Ronaldo Antônio Lacava, advogado de Celso Vendramini.

A audiência de 2019 foi gravada e avaliada por peritos. O Ministério Público considerou que as falas de Celso foram ofensas diretas à promotora, que é homossexual. "Eu resolvi que era obrigação minha tornar isso público", afirmou Mac Dowell.

Um perito particular foi contratado pela defesa de Vendramini, que inocenta o advogado, "criticando atividades isoladas do movimento", de acordo com Ronaldo Lacava. Ele ainda diz que Cláudia pode ser processada por falsa comunicação de crime.

"Que ele admita que ele extrapolou. E que ao fazer isso, ele praticou um crime. E se, infelizmente, ao final da ação penal, ele continuar não admitindo isso, eu espero que o Poder Judiciário diga isso a ele", finalizou a promotora.

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