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Justiça

CNJ investiga conduta de juíza que estimulou pessoas a andarem sem máscara

Ludmila Lins Grilo, da vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí, postou vídeos em que "ensinava" seguidores a burlarem uso de proteção na pandemia

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Ludmila postou vídeo nas redes sociais
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar a conduta da juíza de Minas Gerais que publicou vídeos nas redes sociais estimulando as pessoas a burlarem o uso de máscara e incentivando aglomerações durante a virada do ano. 

O processo está sob relatoria da corregedora nacional de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura e foi aberto após o CNJ ter recebido uma reclamação disciplinar sobre a juíza mineira. 

Ludmila Lins Grilo é juíza da vara Criminal e da Infância e da Juventude na cidade de Unaí, no interior de Minas. Na segunda-feira (4.jan), ela postou um vídeo no Twitter em que ensina seus seguidores como andar sem máscara em locais públicos. 

"Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso: 1- compre um sorvete. 2- pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral; 3- caminhe naturalmente", escreveu Ludmila. 

Na gravação, a juíza aparece tomando um sorvete enquanto caminha por um shopping e diz que, desta forma, consegue andar sem ter que usar a proteção no rosto. "O vírus não gosta de sorvete", afirma no vídeo. 

 
Até agora covid-19 já matou mais de 196.500 pessoas no Brasil.

Não é a primeira vez que Ludmila causa polêmica nas redes sociais durante a pandemia. No Reveillon, ela divulgou um vídeo de uma queima de fogos vista de uma praia, junto com a mensagem: "Feliz Ano Novo! #AglomeraBrasil". 

 
Em outro post, a magistrada compartilhou uma gravação de uma aglomeração em Búzios, no Rio de Janeiro. Escreveu em seguida: "Rua das Pedras, em Búzios/RJ, agora à noite. Uma cidade que resiste á estupidez". Procurada pelas redes sociais, Ludmila não se manifestou até a publicação desta reportagem. 
 
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