Justiça
Secretários de Helder Barbalho (MDB-PA) são presos por fraudes na saúde
Como o SBT News já havia antecipado, são apurados desvios de R$ 1,3 bilhão em 5 estados
SBT News
• Atualizado em
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A Polícia Federal do Pará, com apoio da Controladoria Geral da União e a Polícia Civil de São Paulo fazem operação nesta terça-feira (29.set) para investigar fraudes na saúde, por parte do Governo do Estado do Pará. O governador Helder Barbalho (MDB) é um dos alvos desta operação, dois secretários e um assessor do gabinete foram presos.
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A investigação começou a partir do compartilhamento de material da Polícia Civil de São Paulo, para a Polícia Federal do Estado do Para e à Procuradoria Geral da República (PGR), após o envolvimento de autoridades com foro por prerrogativa de função.
Entre os investigados, está o governador Helder Barbalho (MDB) que é alvo de mandado de busca e apreensão em seu gabinete. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e ex-secretário da Casa Civil, Parsifal de Jesus Pontes; o secretário de transportes Antonio de Padua; e o assessor de gabinte Leonardo Maia Nascimento foram presos.
O Governo do Estado do Pará, por meio da conta do governador nas redes sociais, publicou uma nota breve, expondo que apoia todas as investigações.
Sobre a operação da Polícia Federal, que ocorre nesta terça-feira (29.09), o Governo do Estado esclarece que apoia, como sempre, qualquer investigação que busque a proteção do erário público.#EquipeHB
? Helder Barbalho (@helderbarbalho) September 29, 2020
Os pedidos foram apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, após a reapresentação da Polícia Federal.
Na decisão, o ministro afirma que a pandemia intensificou a atuação da organização criminosa, que passou a formalizar novos contratos com organizações sociais para instalar e administrar os hospitais de campanha na capital Belém e em diversos municípios do interior do Pará.
O governador Helder Barbalho (MDB), assinou um decreto estadual em que foi autorizada a realização de contratações emergenciais de organizações sociais dispensando a abertura de licitações. Assim, facilitando o direcionamento para organizações integrantes do esquema criminoso.
O valor destinado à organização criminosa responsável pela gestão e administração das organizações sociais chega ao montante próximo de R$ 1,3 bilhão.
"O governador do estado do Pará, Helder Barbalho, tratava previamente com empresários e com o então chefe da Casa Civil sobre assuntos relacionados aos procedimentos licitatórios que, supostamente, seriam loteados, direcionados, fraudados, superfaturados, praticando prévio ajuste de condutas com integrantes do esquema criminoso e, possivelmente, exercendo função de liderança na organização criminosa, com provável comando e controle da cadeia delitiva, dado que as decisões importantes acerca dos rumos da organização criminosa lhe pertenciam", relata o pedido feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em todo o País, são cumpridos 76 mandados de prisão temporária e 278 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ e pela Justiça paulista.
Veja as fotos da operação no Pará - Fotos: Divulgação/Polícia Federal
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