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Jornalismo

Kremlin culpa Ocidente por morte de jornalista russo na Ucrânia

Rostislav Zhuravlev foi atingido por bomba de fragmentação, enviada pelos EUA

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Rostislav Zhuravlev trabalhava como correspondente de guerra para a RIA Novosti | Reprodução
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A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, culpou o Ocidente pela morte do jornalista Rostislav Zhuravlev, que trabalhava como correspondente de guerra para a RIA Novosti. O profissional estava na cidade de Zaporizhzhia, na Ucrânia, quando foi atingido por uma bomba de fragmentação neste sábado (22.jul).

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"Tudo indica que o ataque ao grupo jornalístico não foi realizado por acaso. Os Estados Unidos, assim como Londres e Paris, seguem abastecendo o regime de Zelensky com mísseis de longo alcance. Eles apenas elogiam a segurança dos jornalistas, mas na verdade são patrocinadores de terroristas", escreveu Zakharova, em comunicado.

Além de Zhuravlev, outros três jornalistas ficaram feridos após serem atingidos por estilhaços da bomba. Segundo a porta-voz, todos foram levados imediatamente para instalações médicas de campo do Ministério da Defesa, em um estado de gravidade moderada, e seguem recebendo os cuidados médicos necessários.

As bombas de fragmentação chegaram na Ucrânia na semana passada, após autorização de envio pelos Estados Unidos. O artefato é proibido em mais de 100 países devido ao alto poder de destruição e possível impacto a civis. Isso porque, quando disparada, a bomba libera centenas de projéteis para atingir o maior número possível de alvos.

Países como Coreia do Norte, Portugal e Alemanha criticaram a decisão de Washington, afirmando que o uso do artefato pode matar centenas de civis. O governo norte-americano, por sua vez, alegou que as armas são importantes para a contraofensiva da Ucrânia, uma vez que a Rússia já está usando este tipo de munição na ofensiva.

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Pelas redes sociais, o representante da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy, também criticou o Ocidente pelo envio das bombas. "As munições fornecidas pelos EUA estão matando jornalistas na Ucrânia. Eu me pergunto o que a opinião pública dos EUA pensa de seu país cruzando todas as linhas vermelhas morais em uma tentativa fútil de salvar o regime corrupto de Kiev em ruínas", escreveu.

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