Guerra na Ucrânia: Noruega detecta explosão em barragem de Kakhovka
Kiev tenta provar que a Rússia tem culpa no rompimento
Sérgio Utsch
O Instituto Sismológico da Noruega detectou sinais de uma explosão no momento em que houve o rompimento da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, nesta semana. Enquanto russos e ucranianos trocam acusações, moradores da região sofrem com as consequências desse novo episódio de guerra.
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Os sismologistas da Noruega afirmaram, nesta 6ª feira (9.jun), que a base deles na Romênia detectou uma explosão na área da represa, no início da madrugada de 3ª feira (6.jun). "A explosão teve uma magnitude próxima de 2", explicou a chefe-executiva do escritório, Anne Lycke. Aquela que destruiu o porto de Beirute, no Líbano, 3 anos atrás, teve magnitude 3.
Os ucranianos divulgaram uma gravação que, segundo eles, foi captada pelos serviço secreto do pais. O áudio revela a conversa entre dois militares e um deles admite que sabotadores russos estão por trás da explosão. Moscou nega.
Nos meios diplomáticos, a Ucrânia ataca por várias frentes para que seus aliados também acusem formalmente a Rússia. O que os ucranianos não falam muito a respeito é sobre a esperada contraofensiva, planejada para o período de primavera-verão, quando tropas e equipamentos podem ser deslocados cada vez mais. Há cada vez mais indícios de que a grande operação para retomar os territórios invadidos pelos russos já começou.
Os ucranianos intensificaram os ataques em Donetsk e em Zaporizhzhia e também em território russo, na região de Belgorod. E nesta 5ª feira (8.jun), bem mais à frente, em Voronej, a 300 km da fronteira.
Bem mais ao sul, em Socchi, onde costuma passar o verão, Vladimir Putin reuniu-se com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, para discutir armas nucleares táticas que a Rússia enviou ao país vizinho e maior aliado na invasão à Ucrânia. Depois, afirmou que a contraofensiva ucraniana começou e, segundo ele, falhou.
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