Stoltenberg garante adesão da Ucrânia à Otan, mas apenas a longo prazo
Chefe da aliança militar afirmou que prioridade é evitar confronto direto com Rússia
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou, nesta 3ª feira (28.fev), que a integração da Ucrânia à aliança militar é garantida, mas apenas a longo prazo. Segundo ele, a principal tarefa dos países no momento, além de fornecer apoio militar a Kiev, é evitar uma escalada da guerra.
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"Temos que evitar que isso se torne uma guerra de pleno direito entre a Rússia e a Otan. Por precaução, também aumentamos nossa presença militar na parte oriental da Aliança, também na região do Báltico, para enviar uma mensagem clara de que um ataque a um Aliado da Otan desencadeará a resposta de toda a Aliança", disse Stoltenberg.
O político ressaltou que, por enquanto, os países estão empenhados em fornecer assistência à Ucrânia, garantindo o direito do país de se defender da invasão russa. Ele disse ainda que, quando a guerra terminar, será primordial garantir que a "história não se repita" e que o presidente russo, Vladimir Putin, não ataque novos vizinhos.
"A guerra do presidente Putin contra a Ucrânia continua e não há sinais de que ele esteja mudando seus planos. Ele quer controlar a Ucrânia e ele não está planejando a paz, ele está planejando mais guerra. Portanto, precisamos fortalecer as capacidades militares da Ucrânia e procurar estruturas para que Putin não invada o país mais uma vez", afirmou.
Ao anunciar a invasão na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o governo russo prometeu desmilitarizar e desnazificar o país, além de impedir o avanço da Otan por meio do território ucraniano. Segundo Moscou, a maior adesão de países fronteiriços à aliança militar representa uma ameaça para a soberania territorial.
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No entanto, em meio à guerra, a Finlândia e a Suécia solicitaram a integração à Otan, pedido que foi protocolado pela aliança. Apesar da maioria dos 30 aliados terem ratificado o processo, os países nórdicos ainda dependem da decisão da Turquia e da Hungria, que expressam algumas preocupações quanto à adesão.