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Jornalismo

Protestos contra mobilização parcial deixam 1,3 mil detidos na Rússia

Cidadãos levantaram cartazes e gritaram frases como "não à guerra" e "Putin para as trincheiras"

Imagem da noticia Protestos contra mobilização parcial deixam 1,3 mil detidos na Rússia
Detenções foram registradas em mais de 30 cidades | Reprodução/Twitter WhereisRussia
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Mais de 1,3 mil civis foram detidos durante as manifestações contra a mobilização parcial de militares na Rússia. Segundo dados da plataforma OVD-Info, atualizados na madrugada desta 5ª feira (22.set), as detenções foram registradas em mais de 30 cidades, sobretudo em São Petersburgo (541), Moscou (509), Yekaterimburgo (40) e Perm (30).

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Durante as manifestações, os cidadãos levantaram cartazes e gritaram frases como "não à guerra" e "Putin para as trincheiras". Algumas mães também subiram o tom com a frase "vida para os nossos filhos", uma vez que a convocação do governo refere-se a pessoas com experiência militar prévia e reservistas, a maioria com menos de 35 anos. 

"O protesto anti-guerra na Rússia não para desde 24 de fevereiro: em 21 de setembro, contamos 16 mil mil detenções, a polícia elaborou quase quatro mil protocolos administrativos sobre desacreditar do exército e 245 pessoas se tornaram réus em casos criminais. Apesar de não haver grandes ações em massa por um longo tempo, a decisão de Putin trouxe as pessoas de volta às ruas", esclareceu a OVD-Info.

Além das manifestações, foi identificado um alto número de compra de passagens aéreas só de ida da Rússia. Os bilhetes para os voos Moscou-Belgrado operados pela Air Serbia, a única transportadora europeia além da Turkish Airlines a manter voos no país, por exemplo, esgotaram para os próximos dias, enquanto outros bilhetes tiveram os preços dobrados.

A decisão do presidente russo, Vladimir Putin, também gerou uma mobilização internacional, já que ameaça a segurança global. Em discurso na Assembleia das Nações Unidas, o líder norte-americano, Joe Biden, acusou Moscou de fazer ameaças irresponsáveis e afirmou que o país "deve prestar conta das atrocidades" já cometidas na Ucrânia. A fala foi reforçada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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"A punição deve ser feita para o crime da agressão, pela violação das fronteiras e a integridade territorial. Uma punição que deve estar ativa até o reconhecimento da violação da integridade territorial, e até que as perdas e danos da guerra sejam completamente compensados", disse Zelensky.

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