Chanceler russo alerta para envolvimento de um "terceiro país" no conflito
Na 3ª feira (31.mai), EUA anunciaram o envio de mísseis de longo alcance para a Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, alertou nesta 4ª feira (1º.jun) para o risco de um "terceiro país" ser arrastado para o conflito na Ucrânia. Ontem (31.mai), os Estados Unidos anunciaram o envio de novos sistemas de foguetes de médio alcance. Alemanha também se comprometeu a equipar a Ucrânia com armas mais avançadas.
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Segundo o chanceler russo, "políticos ocidentais sãos" entendem os riscos da ampliação do conflito e não aceitam tais cenários, porém, segundo o ministro, nem todos no ocidente aderem a esse ponto de vista. "Vou dizer com franqueza que na União Europeia, especialmente na parte norte, há políticos que estão prontos para ir a essa loucura para satisfazer suas ambições, mas países sérios da União Europeia, é claro, estão bem cientes da inaceitabilidade de tais cenários", acrescentou.
A promessa da Alemanha de sistemas de defesa aérea IRIS-T marcaria a primeira entrega de armas de defesa aérea de longo alcance para a Ucrânia desde o início da guerra. Entregas anteriores de mísseis de defesa aérea portáteis disparados pelo ombro reforçaram a capacidade dos militares ucranianos de derrubar helicópteros e outras aeronaves voando baixo, mas não deram alcance suficiente para desafiar a superioridade aérea da Rússia.
A Alemanha tem sido particularmente criticada, tanto em casa quanto por aliados no exterior, de que não está fazendo o suficiente. O chanceler alemão Olaf Scholz disse aos legisladores que os mísseis terra-ar do IRIS-T são o sistema de defesa aérea mais moderno que o país possui.
"Com isso, permitiremos que a Ucrânia defenda uma cidade inteira dos ataques aéreos russos", disse ele. Os sistemas de radar também ajudarão a Ucrânia a localizar artilharia inimiga.
Os anúncios de armas vieram no mesmo dia em que um governador regional disse que as forças russas agora controlam 70% de Sievierodonetsk, uma cidade que é fundamental para os esforços de Moscou para completar a captura do Donbas, onde forças ucranianas e separatistas apoiados pela Rússia lutam há anos e onde os separatistas detinham faixas de território mesmo antes da invasão.
* Com informações da Associated Press