Prefeito diz que mais de 10 mil civis foram mortos em Mariupol
Relatos apontam para ataques com substância venenosa e equipamentos móveis de cremação
O prefeito da cidade ucraniana de Mariupol, Vadym Boychenko, disse, na manhã desta 3ª feira (12.abr), que mais de 10 mil civis foram mortos por tropas russas desde o início da invasão militar, em 24 de fevereiro. Segundo ele, a região vem sofrendo ataques terrestres, marítimos e aéreos, o que também tem dificultado a criação de corredores humanitários para a entrada de comboios de ajuda, bem como para a evacuação dos moradores.
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Boychenko ainda acusou o exército de Moscou de utilizar equipamentos móveis de cremação para eliminar os cadáveres das vítimas. "Crematórios móveis chegam na forma de caminhões: você abre, e há um cano dentro e esses corpos são queimados", disse ele à AP. Além disso, relatos de cidadãos apontaram para um ataque com substância venenosa por meio de um drone, o qual deixou diversas pessoas com problemas respiratórios.
Pelas redes sociais, o Ministério da Defesa informou que a ofensiva russa permanece focada nas posições ucranianas perto de Donetsk e Luhansk, no leste do país, com mais lutas em torno de Kherson e Mykolaiv e um novo empurrão em direção a Kramatorsk. Uma nova movimentação também é vista nos arredores de Mariupol, onde os exército russo tenta dominar a cidade para facilitar o envio de suprimentos militares.
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Após a descoberta de corpos no município de Bucha, diversas outras cidades antes ocupadas pelas forças russas estão denunciando Moscou por execuções. No último domingo, por exemplo, mais de 1,2 mil cadáveres foram descobertos em Kiev, capital da Ucrânia, enquanto 5,6 mil investigações foram abertas para analisar denúncias de crimes de guerra.
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