Rússia nega acusações de massacre contra civis ucranianos
Declaração veio após militares encontrarem 410 cadáveres em cidades antes ocupadas por forças russas
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Autoridades russas negaram, nesta 2ª feira (4.abr), as acusações de ataques contra civis feitas pelo governo da Ucrânia. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as imagens de corpos em valas divulgadas por cidades ucranianas são adulteradas e servem para descredibilizar a operação militar russa no país.
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"Rejeitamos categoricamente todas as acusações", afirmou Peskov, referindo-se às denúncias de massacre e genocídio. Ele afirmou ainda que o chefe da Comissão de Investigação da Rússia, Alexander Bastrykin, ordenou "uma avaliação judicial da provocação por parte da Ucrânia sobre o homicídio de civis em Busha".
Bastrykin também solicitou novas medidas para identificar os envolvidos e determinar se devem ser processados por divulgar "informações falsas" sobre o exército russo - crime introduzido no código penal russo após a invasão da Ucrânia e passível de 15 anos de prisão.
A declaração das autoridades acontece um dia após a divulgação de imagens de dezenas de corpos em valas comuns ou espalhados pelas ruas das cidades antes ocupadas pelao exército russo. O número total de mortos ainda é incerto, mas, segundo a Procuradora-Geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, os corpos de 410 civis foram encontrados.
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Líderes da União Europeia, Espanha, Polônia, Alemanha, Reino Unido, França, Japão, Canadá e Estados Unidos, entre outros, condenaram publicamente as ações russas e defenderam novas sanções contra a economia de Moscou.
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