Dose de reforço da CoronaVac é eficaz contra ômicron, diz estudo chileno
Terceira aplicação registrou aumento no nível de anticorpos neutralizantes contra a cepa
Um estudo chileno mostrou que a terceira dose da vacina contra covid-19 CoronaVac aumenta significativamente a resposta de células T e a quantidade de anticorpos neutralizantes capazes de reconhecer as variantes ômicron e delta da doença. A pesquisa, publicada na plataforma MedRxiv, foi coordenada pela Pontifícia Universidade Católica do Chile e pelo Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, que já haviam divulgado resultados preliminares do estudo em dezembro de 2021.
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Segundo os pesquisadores, foram incluídos no estudo 186 voluntários que receberam a dose de reforço da CoronaVac após seis a oito meses da segunda dose. Nesse período, o nível de anticorpos neutralizantes, que estava em 124,8 GMU (unidades médias geométricas) um mês após a segunda dose, foi reduzindo até 39 GMU - fator que também foi observado em outras vacinas, justificando a necessidade de um reforço.
Com a terceira dose da CoronaVac, os anticorpos neutralizantes saltaram para 499 GMU, com aumento de 12 vezes. Ao analisar a capacidade de neutralização contra a ômicron e a delta em 30 dos voluntários, os cientistas identificaram títulos médios de anticorpos neutralizantes de 50,7 contra a ômicron e de 159,2 contra a delta. A taxa de soropositividade (produção de anticorpos), por sua vez, foi de 76,7% e 93%, respectivamente.
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A resposta imune celular, mais especificamente a atividade de células T CD4+, foi avaliada em 40 dos participantes. "Nós observamos que a ativação das células T se manteve alta seis meses após a segunda dose e seguiu aumentando após a dose de reforço, sugerindo que a CoronaVac pode estimular e sustentar a resposta imune celular ao longo do tempo", afirmam os autores do estudo. De acordo com eles, as células T também apresentaram uma boa resposta à ômicron e à delta, semelhante à resposta contra a cepa original do SARS-CoV-2.
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