Grupo de voluntários ajuda brasileiros que querem deixar a Ucrânia
Entre um resgate e outro, representante da frente BrazUcra falou com o SBT News sobre a iniciativa
![Grupo de voluntários ajuda brasileiros que querem deixar a Ucrânia](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FMaos_seguram_passaportes_em_frente_a_painel_de_carro_e782de14e5.jpg&w=1920&q=90)
Um grupo de brasileiros tem ajudado a resgatar os conterrâneos que tentam escapar da Ucrânia. A frente BrazUcra vem ofertando caronas, mantimentos, orientação ou mesmo suporte emocional àqueles que enfrentam as dores da guerra.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
De dentro de um carro em algum ponto da Ucrânia entre a cidade de Lviv e a fronteira com a Hungria, com sinal de internet instável, a brasileira Clara Martins conversou com o SBT News sobre o trabalho do grupo. Segundo ela, hoje são mais de mil voluntários engajados na iniciativa. O número de pessoas assistidas, contudo, é difícil de estimar. Só na 2ª feira (28.fev), ela própria ajudou cinco pessoas a deixarem o país.
![](https://static.sbt.com.br/noticias/images/content/20220301181507.jpeg)
Clara vive em Leipzig, na Alemanha, e nunca tinha ido à Ucrânia antes da guerra. A brasileira relata que, inicialmente, a ideia era apenas oferecer abrigo às pessoas que desejavam deixar o país. Porém, com o agravamento do conflito e as dificuldades relatadas nas fronteiras, o grupo decidiu prestar assistência na saída de quem busca fugir da guerra.
Além de toda a dificuldade logística, Clara afirma que, nas fronteiras, a preferência para a saída é dada aos ucranianos. Pedestres também têm mais dificuldade para deixar o país. Apesar de buscar preferencialmente brasileiros, a frente BrazUcra também vêm ajudando pessoas de outras nacionalidades, de nigerianos a colombianos -- estes, aliás, foram localizados a pedido da embaixada que prestou suporte ao grupo, ao contrário do governo brasileiro.
Na correria para levar ajuda a quem precisa, Clara diz que tenta não pensar nas histórias que ouviu para não chorar e concentra a emoção em atender mais pessoas. Se por um lado há pessoas como ela que se colocam em risco para ajudar, há também quem tente faturar com a guerra. A brasileira relata que já foram criados perfis fakes que pedem doações sem destino claro: "Na guerra, a gente vê o melhor da humanidade, mas também vê o pior".
Saiba como ajudar o grupo no perfil @frente_brazucra