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Câmara Municipal pede cassação de alvará de quiosque onde congolês foi morto

Vítima foi espancada por cinco homens depois de cobrar dois dias de salário atrasado

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Local onde congolês foi morto por dono de quiosque
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Agentes de controle de fiscalização urbana, secretaria de ordem pública e fazenda compareceram ao quioque Tropicalia, na orla da Barra da Tijuca, na manhã desta 3ªfeira (1.fev), após a Câmera Municipal do Rio pedir a cassação da concessão de funcionamento do estabelecimento. O pedido aconteceu após um funcionário do local ser espancado até a morte ao cobrar dois dias de salário atrasado. 

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O congolês Moises Kabagande, de 24 anos, foi assassinado na 2ª feira passada (24.jan). Segundo a família, a vítima recebia valores diários e o dono do local não teria pagado o valor de dois dias. Ele foi brutalmente espancado por cinco homens com pedaços de madeira e um taco de beisebol. Depois, foi encontrado amarrado, perto de uma escada, sem vida.

Após o crime, o corpo de Moisés foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). A família acusou os peritos de terem retirado os órgãos da vítima e protestaram.

O SBT obteve com exclusividade o laudo da morte do congolês. Segundo o documento, a necrópsia foi feita um dia após o assassinato e apontou como causa da morte traumatismo do tórax com contusão pulmonar. As imagens do exame revelam lesões concentradas nas costas e o tórax aberto, com os órgãos dentro.

A Polícia Civil negou que tenha retirado qualquer órgão da vítima e diz que está investigando os autores do crime. Imagens de câmeras de segurança foram analisadas para identificar os assassinos.

O representante da embaixada da República do Congo, Placide Ikuba, afirmou que Moisés usava passaporte vermelho, um passaporte diplomático. "Ele não foi qualquer um. Ele foi um refugiado diplomático. Foi morto do jeito que foi morto e isso é uma vergonha", lamentou.

A vítima e a família deixaram o país africano para se abrigar no Brasil, todos fugindo da guerra e tentando a sobrevivência no Rio de Janeiro. "Brasil é uma mãe, [nossa] segunda casa, e como vai matar um irmão trabalhando? Justiça vai ter que ser feita", clamou um familiar de Moisés.

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