Delegado tentou armar falso flagrante contra Paes antes das eleições
Maurício Demétrio foi denunciado pelo MPRJ por obstrução de Justiça e violação de sigilo
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o delegado Maurício Demétrio Afonso Alves e o policial civil Adriano Santiago da Rosa por integrarem uma facção criminosa que praticava crimes de obstrução de Justiça e violação de sigilo.
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Maurício foi preso em junho deste ano, na operação "Carta de Corso", que descobriu que ele comandava uma organização composta por outros policiais civis, um perito criminal e particulares, que cobrava propina de comerciantes que vendiam produtos falsificados.
Após a apreensão do celular do delegado, os investigadores obtiveram provas de qe Maurício tinha a ajuda de Adriano para obter dados sigilosos de diversas pessoas, com o objetivo de prejudicá-las. Uma das ações da facção aconteceu seis dias antes do segundo turno das eleições municipais de 2020 e tinha como alvo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).
De acordo com o MP, Maurício fez chegar ao delegado da Polícia Federal, Victor Cesar Carvalho dos Santos, a informação de que uma pessoa entregaria uma grande quantia em dinheiro, de origem desconhecida, ao então candidato Eduardo Paes.
A PF chegou a mobilizar uma ação contra Paes, mas ao descobrir que a informação teria partido de Maurício, o delegado da Polícia Federal desistiu da operação.
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