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Covid-19: Empresa solicita uso emergencial de remédio à Anvisa

Molnupiravir é o primeiro antiviral oral e atua prevenindo a replicação do vírus

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A farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme) solicitou, nesta 6ª feira (26.nov), o uso emergencial do primeiro medicamento antiviral oral contra covid-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O molnupiravir atua prevenindo a replicação do vírus e tem demonstrado eficácia clínica em variantes do novo coronavírus.

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De acordo com a empresa, os resultados dos estudos de fase 3 mostraram que o remédio reduziu significativamente o risco de hospitalização ou morte. 

Antivirais interrompem o processo infeccioso, de replicação do vírus. No caso do monulpiravir, por exemplo, o medicamento se insere em algumas partes do material genético do Sars-CoV-2, causando uma mutação. Essa mutação faz com que o vírus não se multiplique e impede que a pessoa evolua para fases mais avançadas da doença.

"Estamos confiantes que os resultados de eficácia de molnupiravir, assim como informações técnicas e científicas serão suficientes para recebermos a autorização da Anvisa e darmos acesso o quanto antes à população brasileira", afirma Erika Machado, diretora de Assuntos Regulatórios da MSD no Brasil.

No entanto, vale ressaltar que uma eventual aprovação do rémedio não exclui a necessidade de se tomar a vacina contra a doença. "As vacinas continuam sendo essenciais no controle da covid-19", explica Hugo Nisenbom, presidente da MSD no Brasil. "A disponibilização de tratamentos antivirais será uma forte aliada no combate à pandemia para reduzir as complicações pela doença", acrescenta. 

O medicamento é desenvolvido pela MSD em colaboração com a Ridgeback Biotherapeutics e já foi submetido a agências regulatórias internacionais. No Brasil, os investigadores principais desse estudo são a pneumologista Margareth Dalcomo, e o infectologista Julio Croda, ambos da Fiocruz.

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