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RJ: polícia vai indicar delegado para investigar sumiço de comerciantes

Familiares acreditam que as vítimas tenham sido sequestradas e levadas em três carros

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A polícia do Rio de Janeiro definirá apenas nesta 4ª feira (13.out) o delegado que vai investigar o desaparecimento de três comerciantes ocorrido há quase uma semana na zona oeste da cidade. As famílias acreditam que eles foram sequestrados por milicianos quando transportavam botijões de gás.

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Imagens gravadas por uma câmera de monitoramento mostram três carros passando pelo caminhão onde os desaparecidos estavam; para familiares, as vítimas foram levadas nesses carros. No dia seguinte, um outro vídeo registrou o caminhão em um lava-jato. Um homem que aparece na gravação, ainda não identificado, disse que o veículo pertencia ao patrão dele.

O Disque Denúncia oferece R$ 5 mil para quem der informações sobre o paradeiro dos três comerciantes: os sócios Paulo César Soares Santos, que é militar reformado, e Jorge Teixeira Abreu Filho, além do  ajudante Fabrício Oliveira. As famílias estão desesperadas. "É muito ruim para a família ficar esses dias todos sem ter sequer alguma notícia. A gente está com o coração muito apertado, querendo saber o que aconteceu com eles", disse a filha de Paulo César.

Ele e e Jorge têm uma empresa de distribuição de gás de cozinha. Ambos saíram do município de Itaguaí (RJ) para buscar botijões em Santa Cruz, área dominada por milicianos na zona oeste do Rio, onde desapareceram. O especialista em segurança pública José Ricardo Bandeira afirma que esse ponto pode esclarecer o caso: "é uma das atividades mais rentáveis das milícias, e elas priorizam a questão da comercialização de gás. Então, esse deve ser o foco principal da investigação, sem dúvida alguma".

A ocorrência passou por duas delegacias e, depois, foi encaminhada para uma divisão especializada em desaparecimentos. Nas palavras de José Ricardo, "quando tem pessoas desaparecidas, cada hora conta. Então, quanto mais as horas vão passando, os dias vão passando, mais difícil fica solucionar este crime".

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